Aluno esfaqueia colega a caminho de escola em Torres Vedras Grupo de jovens com idades entre os 16 e os 18 anos envolveu-se em agressões físicas.
Correio da Manhã |21.11.13
Um aluno de uma escola de Torres Vedras esfaqueou esta quinta-feira um outro colega, junto ao terminal rodoviário da cidade, quando se preparavam para ir para as aulas, disse fonte da PSP. A mesma fonte explicou à agência Lusa que tudo se passou pelas 08h30, na sequência de uma desavença entre jovens, todos entre os 16 e os 18 anos, que tinham chegado de autocarro oriundos das suas residências e se preparavam para rumar cada um à sua escola. O grupo envolveu-se em agressões físicas e, no meio dos desacatos, um deles puxou de uma arma branca e atingiu outro, que se encontrava ao fim da manhã em observações na urgência do hospital de Torres Vedras. O agressor, de 17 anos, foi primeiro identificado no local pela PSP de Torres Vedras e, mais tarde, detido, sendo ainda hoje presente a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal a comarca, por suspeitas do crime de ofensas à integridade física. A PSP veio também a apreender a faca usada pelo agressor.
Medo de violência obriga alunos a sair da escola
Correio da Manhã |08.11.13
Turma começou com 17 alunos mas já só tem 15. Comportamento agressivo em causa.
Familiares do aluno de seis anos, que foi suspenso por comportamento violento, concentraram-se ontem à porta da Escola do 1º Ciclo de Mesquitela, em Mangualde, em protesto contra a decisão, e impediram a entrada de alunos, professores e funcionários.
“É verdade que a mãe, o padrasto e uma prima da criança reagiram de forma negativa à suspensão aplicada e tentaram obstaculizar o funcionamento da escola, mas a intervenção da GNR volveu tudo ao normal”, explicou Agnelo Figueiredo. O diretor do Agrupamento de Escolas de Mangualde disse ainda “não ter ficado surpreendido”, uma vez que “conhece bem os intervenientes”. A suspensão por 10 dias, limite máximo por lei, foi aplicada depois de na terça-feira o aluno ter protagonizado outro episódio de violência. A criança mordeu uma colega, de nove anos, que teve de ser assistida no centro de saúde local.
Os casos de violência têm-se acumulado ao longo das últimas semanas, tal como noticiou o CM no passado dia 2. Pedro sofre de hiperatividade e tem ataques de fúria e, há cerca de uma semana, atirou cadeiras e mesas para o rés-do-chão da escola, bem como material escolar, obrigando a professora a suspender as aulas. “Este comportamento, do qual só tomei conhecimento este ano, tem levado a que os colegas procurem outra escola”, referiu Agnelo Figueiredo. A Escola de Mesquitela iniciou o ano letivo com uma turma de 17 alunos mas atualmente conta apenas com 15.
O diretor garantiu que “o medo está instalado e que nos próximos dias terá de ser encontrada uma solução, a bem da comunidade escolar”. Segundo uma vizinha, “é a falta de atenção e amor em casa que faz com que a criança se torne violenta”.
Pedro está a ser observado e orientado por uma psicóloga.
Feijó: Aluno atacado com x-ato
Correio da Manhã |07.11.13
Jovem de 16 anos foi agredido à porta da Escola Secundária Romeu Correia. Um aluno da Escola Secundária Romeu Correia, no Feijó, Almada, foi atacado com um x-ato, esta quinta-feira, pouco antes das 12h00, por um grupo de três rapazes, também de 16 anos. Em pânico, o jovem atacado à porta da escola entrou no estabelecimento de ensino para pedir ajuda.
Ao que o CM apurou, as funcionárias da escola ajudaram o aluno a refugiar-se até à chegada do INEM, que o transportou para o Hospital Garcia de Orta, em Almada. O aluno apresentava cortes na face.
Granada perto de escola na Musgueira
Correio da Manhã |07.11.13
Engenho explosivo encontrado numa obra perto do estabelecimento de ensino.
A PSP recolheu ontem uma granada de morteiro junto à escola Pintor Almada Negreiros, na Musgueira, em Lisboa.
O engenho explosivo estava numa obra perto da escola e foi necessário a intervenção do Grupo de Inativação de Explosivos para recolher a munição de morteiro.
Foi criado um perímetro de segurança pela PSP. Segundo o ‘CM’ apurou a escola não necessitou de ser evacuada.
Jovens armados barricados em escola de Denver
Correio da Manhã |05.11.13
Adolescentes já foram detidos.
Dois jovens armados com espingardas barricaram-se, esta terça-feira, cerca das 00h00 (7h00 em Lisboa), na escola Noel Community Arts School em Denver, no estado norte-americano do Colorado, mas já foram detidos. Os homens entraram no estabelecimento de ensino, na segunda-feira à noite, com duas mochilas e foram denunciados por um dos funcionários.
A SWAT – força de segurança especializada em intervir em situações de emergência – e uma equipa anti-bomba estiveram no local. A polícia temia que os jovens transportassem explosivos dentro das mochilas.
O edifício foi cercado pelas autoridades e as pessoas que moram nos arredores da escola foram aconselhadas a permanecer dentro de casa enquanto a situação não fosse resolvida, indicou Steve Warneke, da polícia de Denver, ao jornal ‘ABC News’. No entanto, a escola estava vazia no momento do incidente e ninguém ficou ferido.
Robert White, chefe da polícia de Denver, confirmou a detenção dos dois jovens depois de “cerca de duas ou três horas a jogar ao gato e ao rato”.
Família de aluno que mordeu colega impede acesso à escola
Correio da Manhã |06.11.13
Aluno da escola do 1º ciclo de Mesquitela, Mangualde, foi suspenso terça-feira após nova agressão a colega.
A família do aluno de seis anos, que na terça-feira foi suspenso após ter mordido uma colega, protestou, na manhã desta quarta-feira, em frente à escola de Mesquitela, em Mangualde, impedindo a entrada de professores, funcionários e alunos. A situação só foi resolvida depois da chegada da GNR.
Mãe, padrasto e uma tia do menino colocaram-se em frente ao portão da Escola do 1º Ciclo de Mesquitela, e exigiram falar com o diretor do Agrupamento de Escolas de Mangualde, defendendo que a suspensão do aluno não é solução para o problema.
A GNR foi chamada ao local para pôr termo ao protesto. Alunos, professores e funcionários entraram na escola às nove horas, quase sem atrasos. A família da criança suspensa foi, entretanto, chamada para uma reunião com o Agrupamento de Escolas do concelho, acompanhados por uma delegação da Proteção de Menores.
O caso do menino de seis anos ficou conhecido, na semana passada, depois de a criança interromper as aulas devido ao seu mau comportamento. Num dos casos, o menino andou por baixo das mesas dos colegas e acabou por morder a professora de Inglês. Na terça-feira, o aluno mordeu mais uma colega, de nove anos, e durante a aula da mesma disciplina, teve um novo ataque de fúria e atirou cadeiras e mesas para o rés-do-chão do edifício da escola, assim como material escolar guardado em armários. O comportamento da criança levou à suspensão da aula.
Estudante leva arma na mochila
Correio da Manhã |02.11.13
Aluno de 17 anos foi detido a 500 metros da escola. Direção quer perceber motivação.
Um estudante do 12º ano da Escola Secundária de Fafe foi detido quando ia para as aulas com uma pistola carregada com seis munições. Ouvido pela GNR, disse que tirou a arma ao avô durante a hora de almoço. A direção da Escola quer perceber o que motivou o jovem a ir armado para as aulas.
“Agendei uma reunião com o aluno e com os pais para perceber as razões que o levaram a este comportamento”, disse ao CM a diretora do Agrupamento de Escolas de Fafe, Natália Correia.
A dirigente ficou surpreendida com a notícia da detenção do estudante, que considera ser “um aluno calmo, perfeitamente normal, com uma família preocupada”.
Natália Correia está convencida de que a arma não chegou a entrar no recinto escolar.
“Ninguém viu a arma, nem houve nenhuma situação de pânico, mas preocupa-nos que um estudante possa vir para a escola armado, por isso queremos percebê-lo para podermos ajudar”, sublinhou a dirigente.
A detenção aconteceu na terça-feira, às 15h00, numa rua próxima da escola. Estranhando o comportamento do estudante, que estava acompanhado de outro colega, a GNR decidiu revistá-los e encontrou a arma ilegal carregada. Foi a Tribunal e tem ido às aulas diariamente.
Jovem atirador de Los Angeles era vítima de bullying
Correio da Manhã |02.11.13
Uma pessoa morreu e sete ficaram feridas no tiroteio de sexta-feira no aeroporto de Los Angeles. O jovem de 23 anos, autor de um tiroteio no aeroporto de Los Angeles, terá sido vítima de bullying na escola, avança o jornal ‘Los Angeles Times’.
Um antigo colega de escola de Paul Anthony Ciancia, de 23 anos, revelou ao diário ‘Los Angeles Times’ que o atirador era solitário e teria sido vítima de bullying na escola. O alvo terá sido a agência TSA – responsável pela segurança dos aeroportos, criada após 11 de Setembro
Durante o tiroteio, que ocorreu na sexta-feira, um agente de segurança morreu e pelo menos sete pessoas, a maioria da TSA, ficaram feridas. A polícia investiga agora as motivações do crime, mas segundo a mesma fonte, o jovem de ascendência italiana era solitário.
“Durante quatro anos, nunca o ouvi dizer uma palavra”, contou o ex-colega David Hamilton, que estudou com Ciancia na Salesianum School, em Wilmington, em 2008, uma escola católica e prestigiada. ” Ele guardava tudo para si e almoçava muitas vezes sozinho. Não me lembro de ver ninguém perto dele”.
O aeroporto de Los Angeles ficou seis horas fechado na sexta-feira devido ao tiroteio. Ciancia entrou no terminal 3 e começou a atirar com um rifle automático afirmando que queria matar funcionários da TSA, um organismo federal. A maioria dos feridos do tiroteio trabalha nessa agência responsável pela segurança dos aeroportos, criada depois do atentado de 11 de setembro de 2001 para reforçar a segurança e combater o terrorismo. Um agente, de 40 anos, morreu.
De acordo com o mesmo diário, junto ao atirador foi encontrado um bilhete no qual Ciancia expressava sua insatisfação com o governo e dizia não ter como alvo “pessoas inocentes” mas sim funcionários da TSA.
Criança violada em escola islâmica
Correio da Manhã |01.11.13
Principal suspeito já foi detido pelas autoridades.
Uma menina de quatro anos foi hospitalizada depois de ter sido violada por um professor de uma escola islâmica (‘madrassa’). O crime ocorreu na localidade de Vehari, no leste do Paquistão, revelou uma fonte policial à agência noticiosa espanhola EFE.
“Depois de terminar as aulas e mandar as outras crianças para casa, o violador levou Sumaya para um quarto e consumou o crime”, referiu a mesma fonte. O principal suspeito da violação foi detido com base numa denúncia apresentada pelos familiares da criança. Um outro responsável policial declarou ao jornal local ‘Express Tribune’ que o alegado violador foi detido numa ‘madrassa’ próxima, onde se tinha escondido. Dois outros professores da escola onde ocorreu a violação fugiram, informou a mesma fonte.
Ainda segundo fontes policiais, a situação clinica da criança está a evoluir de forma positiva. As denúncias de violações no país asiático têm vindo a aumentar, enquanto alguns setores políticos e organizações de defesa das mulheres continuam a realizar campanhas para aumentar a visibilidade do problema.
Dois mortos em tiroteio numa escola americana
Correio da Manhã |21.10.13
Aluno armado dispara contra professor e colegas.
Um tiroteio na manhã desta segunda-feira na escola norte-americana Sparks Middle School, no estado do Nevada, terminou com dois mortos e dois feridos graves.
O estudante, autor dos disparos, acabou por morrer devido a um ferimento causado ao manusear a arma. Mas antes ainda teve tempo de matar um professor e ferir dois colegas, ambos do sexo masculino e que foram transportadas para o Renown Regional Hospital. Segundo a porta-voz do hospital, as crianças encontram-se em estado crítico. Uma das vítimas será um rapaz de 12 anos, que terá sido alvejado pouco antes do início das aulas.
A Polícia de Sparks, no estado do Nevada, anunciou que várias pessoas foram atingidas durante o tiroteio. O governador Brian Sandoval já se manifestou “extremamente entristecido com este horrível tiroteio”, e deixou os seus “sentimentos às vítimas e àqueles que foram afetados pelo trágico evento”.
O tiroteio ocorreu por volta das 07h15, segundo as autoridades americanas. Numa conferência de imprensa realizada na Agnes Risley Elementary School, pelas 09h15, o subchefe Tom Robinson disse aos pais que “as escolas americanas são seguras e a cidade é segura”.
Um aluno de 13 anos afirmou ter visto outro estudante disparar contra o professor. Segundo conta o jovem, o professor viu o aluno com a arma na mão e correu na sua direção para evitar algum desastre. Terá sido nesse momento que o professor foi alvejado.
O que faz um adolescente explodir
Correio da Manhã |20.10.13
Humilhado pelos colegas, Gonçalo fez um plano para matar 60 pessoas. Especialistas explicam como o bullying desperta a fúria.
Gonçalo até podia ser o rosto do sofrimento, mas ninguém se deu conta. Quando todos repararam, havia quatro feridos no hospital e uma folha A4 com um plano para matar 60 pessoas na Escola Secundária Stuart Carvalhais, em Massamá, Sintra. Na segunda-feira, 14 de outubro, o adolescente de 15 anos levou para a escola uma mochila que em vez de livros tinha a faca usada na agressão, quatro outras facas de vários tamanhos, um cachecol e um gorro, cinco embalagens de fumos de cor verde e amarela com base vermelha, uma embalagem de fumo de cor verde e amarela com base vermelha deflagrada, uma de gás pimenta, três frascos de álcool, uma caixa de fósforos e dois isqueiros.
Durante a manhã, Gonçalo terá agido sem levantar suspeitas. À tarde, pelas 16h15, levantou-se da cadeira durante a aula de Matemática e caminhou em passos vagarosos até à porta da sala. Da mochila tirou um verylight, que rebentou contra o chão. “Vou matar toda a gente”, disse. Em segundos, a sala encheu-se de fumo e de pânico, com os alunos da turma do 11º G a tentarem escapar do medo, naquele dia em forma de gente. A barrar-lhes a saída tinham um Gonçalo armado de faca em punho. Um Gonçalo a quem na escola chamavam ‘betinho’ e ‘copinho de leite’ – segundo o advogado da família, Pedro Proença, o adolescente sentia-se desprezado na escola para onde se mudara no ano passado, vindo de um colégio privado. Naquela tarde atingiu duas colegas com golpes no abdómen e no braço e ainda uma funcionária da escola com um golpe no pescoço.
SURTO PSICÓTICO
Filho único de um casal de profissionais de saúde sem problemas económicos, Gonçalo era um ótimo aluno, mas com dificuldades de adaptação à escola ‘nova’. Já no ano passado tinha “espetado um lápis nas costas de outro aluno” e tentado atingir um professor com uma pedra que lançou para a sala de aulas, contaram os colegas ao CM no dia que podia ter terminado em tragédia.
Desde o primeiro momento, a história de Gonçalo acendeu o debate sobre o bullying (agressão entre pares). “Quando ouvi a notícia fui logo ver qual era a escola porque tenho um doente meu, também adolescente, que é tão perturbado que podia ter feito uma coisa semelhante” – assume a pedopsiquiatra Ana Vasconcelos. “Tenho miúdos que vêm às minhas consultas e dizem que um dia levam uma faca e matam toda a gente. Arquitetar um plano nestes casos é quase uma estratégia de sobrevivência, não nos podemos esquecer de que são miúdos.”
Para a especialista, muitas vezes as crianças e jovens vítimas de bullying têm uma maneira anómala de comunicar com os outros, de tal forma que acabam por ser “os maiores inimigos deles próprios, porque criam anticorpos nos outros”. Ana Vasconcelos acredita que “o que aconteceu com o Gonçalo foi uma incapacidade de pedir ajuda. Como não conseguiu, agiu com violência. Este miúdo está a sofrer, está num surto psicótico, está em sobrevivência máxima, porque a única defesa que tem é pensar: ‘são meus inimigos, são para abater’. E esta agressão, o facto de ter ido ao pescoço – que poderia causar a morte – e não ter dado murros nem pontapés é prova disso”.
O plano de Gonçalo, rapaz introvertido, era matar 60 pessoas – foi inspirado em dois massacres que abalaram a América, admitiu às autoridades na esquadra onde passou a noite. No massacre de Columbine, a 20 de abril de 1999, Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17, invadiram a Escola Secundária de Columbine, no estado do Colorado, que frequentavam, e mataram 12 estudantes e um professor, antes de se suicidarem. ‘Quando começar a matar, há provavelmente umas 100 pessoas na escola que não quero que morram. O resto deve morrer. Odeio todos por me excluírem de tantas coisas, e será melhor terem medo de mim. Ódio! Estou cheio de ódio e gosto disso. A natureza humana é a morte’, escreveu Eric Harris no seu diário pessoal, em outubro de 1998.
Em dezembro de 2012, Adam Lanza, de 20 anos, invadia a Escola Primária de Sandy Hook, no Connecticut, para matar 28 pessoas, 20 das quais crianças. Além de abater a mãe, o atirador disparou indiscriminadamente sobre as crianças presentes na sala e também sobre outros alunos e professores. Também ele se suicidou com um tiro na cabeça. Seria este o plano de Gonçalo – matar e morrer. “As pessoas enchem, enchem, enchem e quando não sabem reagir no momento adequado chega um dia em que se passam. Todos nós temos um mecanismo de contenção que nos impede de pôr em prática esses pensamentos de ‘apetece-me matar toda a gente’, mas quando as pessoas não têm essa gestão da raiva e as vítimas não sabem ser vítimas, estas situações podem acontecer num estado de limite”, contextualiza o pedopsiquiatra Mário Cordeiro. Ou seja, “as vítimas têm de chatear meio mundo, queixar-se; quando não conseguem fazer isto acontece uma de duas coisas: ou a pessoa desiste e se suicida, porque não aguenta mais, fugindo da realidade, ou enfrenta-a de uma forma deturpada” – que foi o que aconteceu a Gonçalo.
“A atitude deste miúdo foi uma atitude de raiva – muitas vezes acontece a jovens que vivem isolados e são pouco educados a verbalizar as coisas. Mas também é verdade que há muita gente vítima de bullying que não tem este tipo de reação, aqui há claramente uma conversão da vitimização em ódio”, conclui o especialista.
NERVOSO COM OLHEIRAS
Depois do ataque na escola, Gonçalo fugiu na direção de Massamá Norte, onde foi intercetado pela PSP e levado para a esquadra local. Passou a noite nas camaratas da sede da PSP de Lisboa. Não ofereceu resistência quando foi detido. No dia seguinte, à entrada do Tribunal de Família e Menores de Sintra, tinha um ar abatido e apático. Não tapou a cara com as mãos, preferiu fechar os olhos, carregados de olheiras vincadas na pele. Quando se viu em frente à juíza mostrou-se nervoso. O corpo magro tremeu. Na audiência disse estar arrependido e confessou estar afetado psicologicamente por sentir que o casamento dos pais estava em risco e temer a separação. “Não nos podemos esquecer que o clima que o País atravessa tem tido muita influência no comportamento dos mais jovens. Eles podem não entender os indicadores económicos, mas conseguem perceber o stress dos pais e as mensagens negativas que os rodeiam. Tal como um casamento em crise – as crianças e adolescentes conseguem sentir o clima de tensão em casa. Se a somar a isso forem vítimas de agressão ou discriminação pelos pares, ainda pior” – refere Américo Baptista, especialista em ansiedade e depressão.
Cerca de uma semana antes do ataque de Gonçalo à escola, este terá encomendado uma pistola a um colega. O valor a pagar seria de 170 euros, que o adolescente não conseguiu arranjar a tempo. Ainda assim, quando percebeu que não tinha dinheiro para comprar a arma de fogo ao colega tentou trocá-la pela sua PlayStation e cinco jogos para a consola. “Um dos grandes perigos nos Estados Unidos é precisamente toda a gente ter acesso a armas. É mais fácil sacar de uma arma durante uma discussão – porque premir o gatilho não gasta energia nenhuma – do que dar murros e pontapés”, acredita o pedopsiquiatra Mário Cordeiro.
GRITO DE SALVAÇÃO
Gonçalo foi internado no Centro Educativo dos Olivais, em Coimbra [uma casa de correção onde vai ter apoio psiquiátrico durante três meses antes de nova avaliação]. Durante os primeiros dez dias ficará em isolamento total e só depois disso poderá receber a visita semanal dos pais, que ficaram em choque com o sucedido. Estarão, aliás, a tentar transferi-lo para uma instituição privada, onde poderia continuar os estudos. No sítio onde foi colocado pelo tribunal vai ficar em regime fechado e por isso sem direito a frequentar a escola durante os três meses em que estará a ser avaliado por psiquiatras. “Parece-me, sem conhecer o caso a fundo, que se trata de uma questão de agressividade contida, como se fosse o grito dele de salvação, a querer dizer ‘eu estou aqui e já não aguento mais’. No fundo, o que ele fez foi uma fuga para a frente”, considera a psicóloga Tânia Paias, que criou o Portal Bullying, um centro de ajuda on-line. “O facto de ele já ter tido outros episódios [como o do lápis espetado nas costas do colega e o da pedra lançada ao professor] de violência faz crer que ele já tinha dado sinais de que algo não estava bem. No meu consultório já apareceram muitos casos de agressividade contida, mas nenhum passou à ação. Inclusive, aparecem muitos adultos que foram gozados e humilhados no tempo de escola e que não conseguiram ultrapassar isso. Estão profundamente zangados consigo próprios e com o mundo por nunca terem feito nada. São pessoas com muita dificuldade – por muitos anos que tenham passado desde a época da escola – em confiar nos outros”, acrescenta Tânia Paias.
No ano letivo de 2011-2012, o crime de injúrias e ameaças (correspondente ao bullying) aumentou face ao ano anterior, sendo que foram registados 436 crimes desta natureza pela PSP. José, de 13 anos, sofreu durante meses agressões e chantagens por parte de dois colegas de turma, na Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior, em São João da Madeira. Mas, cansado de sofrer, contou tudo aos pais e os dois agressores foram alvo de um processo disciplinar e castigados com uma semana de trabalho comunitário na escola em maio deste ano. Gonçalo optou por outra via, em Massamá, na segunda-feira, dia 14 de outubro. Até podia ser o rosto do sofrimento, mas ninguém reparou. Até aparecer um plano de matança que não chegou a concretizar mas voltou a preocupar a sociedade: como se podem proteger aqueles que não dizem que precisam de proteção?
O SEU FILHO É VÍTIMA DE BULLYING?
O seu filho poderá estar a ser vítima de maus-tratos psicológicos “sempre que notar alterações no humor, abatimento físico e psicológico, sem paciência para nada, mais alheado da família do que de costume, mais introspetivo, com piores resultados na escola, com queixas físicas permanentes (dores de cabeça ou de estômago, fadiga), irritabilidade extrema, inércia. Se bem que muitos destes sintomas possam ser confundidos com a adolescência, é necessária uma atenção redobrada”, alerta a psicóloga Tânia Paias no Portal do Bullying. Já os sinais de alerta da violência infantil passam pela ira intensa, ataques de fúria, irritabilidade extrema, frustrar-se com frequência, impulsividade, autoagressão, poucos amigos, dificuldade para prestar atenção e inquietude física – alerta o mesmo portal, dirigido a alunos, pais e professores, com conselhos, alertas, perguntas e respostas sobre a agressão entre pares. Se procura apoio, consulte o Portal Bullying.
Aluno autor de ataque em Massamá fica dez dias isolado
Correio da Manhã |17.10.13
Durante dez dias, Gonçalo não vai poder falar com a família ou colegas. Vai faltar às aulas durante três meses.
Pela frente, Gonçalo vai ter agora três meses de acompanhamento psiquiátrico e social, sem direito a muitas visitas dos pais. O jovem de 15 anos que na passada segunda-feira tentou cometer um massacre na escola Stuart Carvalhais, em Massamá, Sintra, e acabou por esfaquear quatro pessoas – três colegas e uma funcionária da escola – já está internado no Centro Educativo dos Olivais, em Coimbra, uma casa de correção onde é facultado apoio psiquiátrico.
Durante os primeiros dez dias, ao que o CM apurou, Gonçalo vai ficar completamente isolado, sem ter qualquer interação com os pais e nem mesmo com os outros colegas da instituição. Depois disso, vai poder conviver com os colegas, mas apenas vai ter direito à visita dos pais uma vez por semana, e sempre com acompanhamento de um técnico da Segurança Social, que irá vigiar o seu comportamento.
Gonçalo queria ter levado alguns livros e CD, mas foi proibido. “Só tem direito a levar a roupa e os artigos de higiene”, disse ontem ao CM Pedro Proença, advogado de defesa da família do jovem.
O jurista acrescentou que os pais já manifestaram a vontade de pedir que o jovem frequente uma casa de correção privada. Pai e mãe, profissionais de saúde, dizem ter condições económicas para colocar o filho numa instituição privada. Isto porque o casal não quer que o filho deixe de estudar. Durante estes três meses, ou seja, todo o primeiro período, o menor não vai frequentar as aulas. Gonçalo vai ficar em regime fechado, sem direito a frequentar a escola. Vai ter consultas diárias com um psiquiatra e vai estar envolvido em atividades de caráter profissional.
Este centro de correção é frequentado por cerca de 60 jovens, a maioria deles provenientes de Lisboa e envolvidos em casos de roubo ou homicídio. Um deles, por exemplo, é o jovem de 15 anos cúmplice na morte de Tiago Santos – que tinha 17 anos quando foi assassinado após ter sido torturado e queimado vivo em Odivelas.
Escolas são pouco seguras dizem pais e sindicato da PSP
Correio da Manhã |14.10.13
No dia em que adolescente esfaqueou colegas e funcionária de escola em Massamá, pais e sindicato da PSP afirmam que ainda há muito a fazer no que toca à segurança escolar.
“A segurança nas escolas fica aquém do desejável”, garante Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), reagindo ao episódio desta segunda-feira em Massamá, onde um jovem adolescente esfaqueou três colegas e uma funcionária numa escola.
“É preciso, cada vez mais, ter atenção aos miúdos que têm famílias desestruturadas, ter em conta o que os conduz a levarem facas para a escola”, explica Paulo Rodrigues ao Correio da Manhã. A crise leva a que, em muitos casos, os jovens passem a pertencer a grupos “que não lhes garantem aquilo a que estavam habituados e isso acaba por ter impacto no dia a dia das crianças”, explica o presidente da ASPP/PSP.
O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Jorge Ascensão, vem confirmar a tese de Paulo Rodrigues. “Temos defendido que é necessário uma proximidade escola-família e aluno-professor. É preciso perceber em que contexto extra escolar se encontram as crianças para resolver os seus problemas”, afirmou ao CM.
Segundo o presidente da CONFAP, a polícia, as associações de pais, a segurança social e as autarquias são algumas das entidades que podem contribuir para um aumento da segurança nas escolas. Com um trabalho conjunto de todas estas instituições – defende Jorge Ascensão -, é possível melhorar a relação entre os estabelecimentos de ensino e o ambiente familiar das crianças.
Aluno esfaqueia quatro pessoas em escola de Massamá
Correio da Manhã |04.10.13
Entre os esfaqueados estão três colegas e uma funcionária. Há um quarto colega ferido.
Um aluno de uma escola de Massamá, Sintra, é suspeito de ter esfaqueado, esta segunda-feira, três colegas e uma funcionária do estabelecimento, informou fonte da PSP. Um quarto colega ficou também ferido quando caiu ao tentar deter o agressor.
O caso ocorreu cerca das 16h15, na Escola Secundária Stuart de Carvalhais, e o jovem de 15 anos acabou detido. Os três alunos e a funcionária terão sofrido ferimentos ligeiros, acrescentou a fonte da PSP à agência Lusa.
O CM apurou que o agressor tinha cinco facas na mochila e garrafas de álcool etílico. Ele terá dito aos colegas que ia matar toda a gente. Acabou por fugir da escola, mas foi detido pouco depois pela PSP – está agora na esquadra de Massamá.
“O jovem descompensou e começou a esfaquear pessoas. Queria cometer um homicídio em série, como se vê nas televisões”, disse a fonte da PSP.
Segundo os relatos de colegas, a meio de uma aula de Português, o agressor abriu a porta da sala e atirou uma bomba de fumo. Fechou a porta, deixou que o fumo atuasse e entrou depois na sala. Foi quando esfaqueou os dois colegas que estavam mais perto da entrada. Ainda ameaçou outros, mas acabou por sair da sala de aulas. Um dos colegas saiu pela janela e chamou a polícia, fizeram uma ronda pela área circundante e encontraram o jovem agressor deitado numas ervas e a mochila abandonada um pouco atrás. O aluno está detido na esquadra de Massamá.
Na escola, alunos e professores estão em choque com o sucedido. Ninguém suspeitava que pudesse acontecer um ataque desta natureza. Há, no entanto, um colega que garantiu ao CM que o agressor já tinha desabafado que gostaria de fazer um assalto.
Caso de bullying vai ser julgado
Correio da Manhã |06.10.13
Aluno de 14 anos foi espancado no interior da escola de Almeirim por cinco estudantes
O caso do aluno que foi vítima de espancamento na Escola Febo Moniz, em Almeirim, em maio de 2011, vai começar a ser julgado este mês no Tribunal Judicial da cidade ribatejana. O Ministério Público deduziu acusação contra cinco jovens, com idades entre os 16 e os 18 anos: o alegado autor da agressão física e os colegas que impediram outros alunos de socorrer a vítima.
Os jovens vão responder pelo crime de ofensa à integridade física. O aluno agredido e quatro dos arguidos foram ouvidos por um juiz de instrução. Um dos acusados, maior de idade, não compareceu pois está fora do País, tendo-lhe sido emitido um mandado de captura.
Os factos remontam a 5 de maio de 2011: a vítima, então com 14 anos, foi espancada com violência dentro da escola por um aluno mais velho, enquanto os restantes quatro fizeram uma roda para impedir que alguém lhe acudisse. O aluno foi assistido no hospital de Santarém a uma ferida interna no ouvido esquerdo e a vários hematomas. O caso levou outros alunos a perderem o medo e a denunciarem que o grupo andava a atemorizar os restantes colegas, dentro e fora da escola. Inicialmente, a direção do agrupamento desvalorizou e não participou o caso às autoridades, considerando tratar-se de um desentendimento entre miúdos, e só abriu processo disciplinar ao aluno que terá cometido a agressão após a família da vítima ter apresentado queixa-crime na GNR.
Matosinhos: Jovem leva facada à porta da escola
Correio da Manhã |03.10.13
Conheça no CM os motivos do ataque violento que deixou menor em coma, em Matosinhos
Francisco Correia, 15 anos, estava anteontem à tarde na paragem de autocarros junto à EB 2,3 Dr. José Domingues dos Santos, em Lavra, Matosinhos, quando foi ameaçado por um jovem, dois anos mais velho. “Estás a olhar para a minha namorada? Levas já uma facada”, disse Cláudio Reis. Nervoso, Francisco sorriu. E foi esfaqueado no pescoço.
A vítima foi transportada para o Hospital de S. João, no Porto, onde está internada em coma induzido. O seu estado é considerado crítico. Quanto ao agressor, fugiu mas foi mais tarde detido pela PJ do Porto. Foi presente a tribunal e, por ordem do juiz de instrução, aguarda pelo julgamento em prisão domiciliária.
O crime ocorreu às 17h00. O agressor tinha ido até à porta da escola para se encontrar com a namorada, que frequenta o estabelecimento de ensino. “O Francisco estava quieto, é um rapaz muito calmo. O Cláudio é que começou a ‘pegar’ com ele”, contou ao CM um aluno, que testemunhou a agressão.
O CM contactou a direção da escola, que recusou prestar esclarecimentos sobre o caso.
Professora acusada de agredir quatro alunos
Correio da Manhã |01.10.13
Associação de pais denuncia alegadas agressões a alunos.
O presidente da Associação de Pais de Sernancelhe, João Aguiar, denunciou esta terça-feira que quatro alunos foram alegadamente agredidos a semana passada por uma professora de música, durante uma Atividade de Enriquecimento Curricular (AEC).
“Eles estavam a portar-se mal e ela decidiu agir dessa maneira”, contou João Aguiar à agência Lusa, explicando que os alunos pertencem a turmas do segundo e do quarto anos da escola de Ferreirim, que está a funcionar provisoriamente no Centro de Artes de Sernancelhe.
Segundo o dirigente associativo, as alegadas agressões terão ocorrido em dois dias diferentes e consistido em atos como “cabeça contra a parede, chapadas e apertões de pescoço”.
João Aguiar contou que “foi a funcionária do autocarro que viu um miúdo com um grande hematoma na cabeça” e informou a mãe.
“As mães começaram a falar umas com as outras e começou a saber-se. Pensávamos que eram três casos, mas ontem [segunda-feira] houve mais um pai que foi falar com o filho, que lhe disse que também foi agredido”, acrescentou.
Fonte da GNR confirmou à Lusa que foram apresentadas no posto de Sernancelhe duas queixas referentes a este caso, por ofensa à integridade física.
João Aguiar referiu que os pais das duas outras crianças devem entretanto também apresentar queixa, por estarem indignados com a situação.
A Lusa tentou, durante a tarde, contactar a direção do Agrupamento de Escolas de Sernancelhe, mas foi informada de que todos os seus elementos se encontravam indisponíveis. Também da Direção de Serviços da Região Norte não foi possível obter uma resposta em tempo útil.
João Aguiar disse que vai também seguir uma queixa para o Ministério Público e para a Inspeção Geral da Educação pela forma como membros da associação de pais foram tratados no agrupamento.
“A diretora chamou a mãe do primeiro aluno que apresentou queixa, porque queria interrogá-lo, e ela pediu-me para ir também para a ajudar”, na segunda-feira de manhã, contou.
No entanto, João Aguiar disse ter sido “interditado de entrar” na sede de agrupamento. “A diretora telefonou à mãe a dizer que ela tinha as portas abertas, mas a associação de pais não. A associação de pais, para entrar, tinha de marcar uma reunião com antecedência”, contou.
À tarde, já com outro pai e outro elemento da associação, o grupo deslocou-se novamente ao agrupamento, mas os argumentos repetiram-se, acrescentou. Segundo João Aguiar, a GNR acabou por ser chamada ao local e os quatro apresentaram queixa no livro de reclamações.
“Quando estávamos na secretaria, um funcionário expulsou-nos a todos, porque só podia estar um pai de cada vez na escola. Os outros pais ficaram à chuva, nem no átrio os deixaram estar, só entrava um de cada vez”, lamentou.
Docente acusado de abuso sexual
Correio da Manhã |26.07.13
Rapaz afirma que foi alvo de abusos sexuais desde os nove anos. Uma história para acompanhar com o CM
Um professor do Ensino Básico é acusado por um ex-aluno, que hoje tem 14 anos, de abusos sexuais desde que o rapaz tinha apenas nove anos, no ano letivo 2008/2009, quando a vítima frequentava uma escola primária do concelho de Cuba.
Interrogado ontem no Tribunal de Cuba, o suspeito saiu em liberdade mas proibido de se aproximar da vítima. Fica ainda com a atividade profissional suspensa e obrigação de se apresentar às autoridades.
Apesar de o rapaz ter sido transferido para outra escola pelos pais – que não desconfiaram dos crimes -, e de o professor ter sido colocado num outro estabelecimento de ensino daquele concelho, o docente terá mantido os contactos sexuais com a vítima até à data. Só terão terminado anteontem, com a detenção do professor, de 43 anos, pela Judiciária de Faro.
Segundo o CM apurou, o menor conta que sofreu os primeiros abusos no 4º ano. Na altura, os pais notaram um comportamento estranho da criança e transferiram-na para um colégio na região de Beja.
Embora afastados, suspeito e aluno mantiveram contacto via internet. Os abusos terão continuado nos anos seguintes, bem como os comportamentos estranhos do menor. Os pais levaram o filho a uma psicóloga, determinante para a descoberta do caso. Após várias consultas, o menor contou que era vítima de abusos por parte do docente, que foi detido. À PJ, o arguido terá negado as acusações.
Este caso, que a PJ investiga agora se é isolado – ou se há mais vítimas -, está a deixar a população de Cuba em choque. Ontem, várias pessoas disseram ao CM que a conduta do professor sempre pareceu ser correta e que nunca suspeitaram de que “ele pudesse fazer uma coisa daquelas ao menino”.
Professora leva murro de aluno
Leva 3 facadas junto à escola
Correio da Manhã |27.06.13
Jovem de 18 anos que esteve presente no homicídio de Leinine atacado à espera de autocarro. Atingido no ombro, rim e perna, está internado
Três semanas depois de Leinine Sanches ter tombado morto no pátio da Escola Secundária Seomara da Costa Primo, na Amadora, outro jovem de 18 anos refugiou-se no interior daquele estabelecimento, depois de ter sido esfaqueado nas imediações. Apesar de ter sido atingido com três golpes – no ombro, rim e perna – o aluno escapou com vida. Ontem à noite, continuava internado no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, mas livre de perigo.
A vítima foi um dos jovens presentes na rixa que culminou com a morte de Leinine, a 6 de junho, mas não é suspeito desse crime. A PSP não confirma que se tenha tratado de uma retaliação, mas não descarta essa hipótese.
Pouco antes das 16h00, o jovem estudante, que acabara de sair das aulas, foi atacado por dois rapazes numa paragem a 100 metros da entrada da escola. Os agressores levavam facas de cozinha e atacaram o jovem sem qualquer aviso.
A vítima caiu e quando se levantou foi novamente golpeada. O jovem correu até à escola, onde se refugiou, e foi ajudado pelos auxiliares e por um professor, que prestaram os primeiros socorros até à chegada do INEM.
A PSP mobilizou dezenas de agentes para o local – elementos das Equipas de Intervenção Rápida, patrulhas e equipas do programa Escola Segura. À noite, ninguém tinha ainda sido detido. Este caso motivou a intervenção da presidente da Junta de Freguesia da Venteira. “Isto é preocupante e lamentável. Moro há 40 anos na Amadora e não me lembro de situações destas, pelo menos nos últimos anos, em escolas” disse Carla Andrade Neves, pedindo um reforço de policiamento na zona.
Esfaqueado em escola da Amadora
Correio da Manhã |26.06.13
Uma pessoa foi esfaqueada, esta quarta-feira, na Amadora.
O incidente ocorreu na Escola Seomara da Costa Primo.
A vítima, um jovem, foi, sabe o CM, encaminhada para o hospital e as autoridades policiais já estão a investigar.
Recorde-se que, na primeira semana de junho, Lainine Sanches, de 19 anos, foi assassinado à facada no mesmo estabelecimento de ensino.
Professora leva murro de aluno
Correio da Manhã |20.06.13
Rapaz invadiu sala duas vezes. Na última trancou a turma à chave e bateu na docente. Estatuto impede a expulsão de jovem de 15 anos
À segunda invasão da sala de aula, um aluno de 15 anos trancou os colegas e a professora à chave. “Agora nós”, disse o rapaz à professora, antes de a atingir com um murro. A docente ficou inconsciente. O aluno está suspenso desde a agressão, quinta-feira passada, e pode ser transferido da EBI Sophia Mello Breyner, em Carnaxide, Oeiras.
A professora foi socorrida pelos Bombeiros de Carnaxide, que a transportaram para o Hospital de São Francisco Xavier. No próprio dia regressou a casa e, desde o início da semana, está a dar aulas. “A professora deu ordem de saída da sala e ele recusou. Fui buscá-lo e levei-o para o gabinete de apoio ao aluno. Ele regressou à sala e fui lá tirá-lo outra vez. Num momento de confusão, após o toque para o intervalo, ele aproveitou a confusão e invadiu a sala”, conta ao CM a diretora do agrupamento, Teresa Silva, que já apresentou queixa às autoridades policiais e à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, a quem compete decidir qual a medida punitiva a aplicar ao aluno.
Apesar de proposta a expulsão, o estatuto do aluno impede que se concretize por ser menor. Na EBI Sophia Mello Breyner, garantiu a diretora Teresa Silva, foi o único caso de agressões a professores verificado ao longo do ano letivo.
Mãe de estudantes agride professora
Correio da Manhã |13.06.13
Mulher, que tem quatro filhos na secundária, apresentou reclamação e atacou na sala de aulas. Caso na escola Filipa de Vilhena foi entregue ao MP
A mãe de quatro alunos da Escola Secundária Filipa de Vilhena, no Porto, agrediu uma professora dos filhos, ontem de manhã, dentro da sala de aulas. A docente teve de ser levada ao hospital. O caso foi entregue ao Ministério Público. As agressões ocorreram por volta das 11h30, na mudança de uma aula para outra, sendo que a professora agredida continuava na sala. A mulher tem quatro filhos na escola: um está no 11º ano e os restantes, entre 13 e 16 anos, andam no 7º ano. A mãe, com cerca de 40 anos e descrita como conflituosa, tinha apresentado uma reclamação – cujo teor se desconhece – nos serviços administrativos cerca de meia hora antes. Por motivos desconhecidos, decidiu ir à sala agredir a docente, chegando a atingir outro professor e dois funcionários que foram em auxílio da primeira. A PSP foi chamada ao local. “Nunca houve agressões, mas já não é a primeira vez que há discussões com esta encarregada de educação. É uma situação de exceção. Só tenho de salvaguardar os alunos e o bem-estar da escola”, disse ao CM Lurdes Ruivo, diretora da escola. A docente voltou à escola durante a tarde.
Professor pedófilo abusa de 18 alunas
Correio da Manhã |10.06.13
Os atos libidinosos ocorriam na própria sala de aula, onde separava meninas e meninos.
Um professor do Ensino Básico de 44 anos foi preso na cidade brasileira de Goianira, no estado de Goiás, à volta de Brasília, acusado de ter abusado de pelo menos 18 alunas, entre os oito e os onze anos. A maioria das crianças já foi ouvida pela polícia e confirmou os abusos.
De acordo com o inspetor da polícia de Goianira, Vinícios Silva Costa, que conduz as investigações, o professor Ivo Barros de Bruno Júnior aproveitava os intervalos das aulas para molestar as alunas. As vítimas relataram ao inspetor que o professor mandava os meninos brincar no fundo da sala e reunia as meninas ao em redor dele. Praticava atos libidinosos e impunha-lhes o silêncio com ameaças terríveis.
Ivo Júnior foi contratado em dezembro de 2012 e, desde o início do ano, dava aulas a uma turma de 35 crianças na Escola Municipal José Luiz Bittencourt, onde os abusos aconteceram. As mães gostavam do professor, sempre muito carinhoso com as alunas. Só após a revelação do caso, perceberam os verdadeiros motivos de tanto suposto afeto.
O inspetor contou que a denúncia dos abusos partiu de uma menina. A polícia conseguiu da justiça um mandado de prisão contra o docente. Ivo Júnior nega todas as acusações.
“Lainine morreu porque quis defender um amigo”
Correio da Manhã |10.06.13
Amigos do jovem assassinado dizem que ele “estava no sítio errado à hora errada”
O Lainine era bom rapaz. Não andava metido em gangs. Morreu porque quis defender um amigo. Morreu porque estava no sítio errado à hora errada.” É desta forma que os amigos de Leinine Sanches, o jovem de 19 anos que foi assassinado à facada na quinta-feira, numa escola da Amadora, explicam o que se passou naquela tarde fatídica.
Ontem, durante o velório, na Igreja da Nossa Senhora da Conceição, em Queluz, foram muitos os jovens que marcaram presença. E todos se mostraram revoltados com a morte do rapaz, que nos últimos três anos, ajudou dezenas de crianças num projeto de solidariedade social, onde era instrutor de capoeira.
“Ele não se metia em confusões. Só se visse um amigo a precisar de ajuda. Aí, mesmo que fossem 20 contra um, ele não deixava o amigo sozinho. Para nós foi isso que aconteceu”, conta um colega da escola de Caneças, pedindo para não ser identificado, por medo de represálias. Aliás, os mesmos colegas garantem que Lainine não pertencia a qualquer gang, mas admitem que tivesse “amigos ligados a grupos menos aconselháveis”.
Na internet, corre, desde ontem, um “apelo à calma”. “Gostaríamos de deixar aqui um apelo a todos aqueles que se querem despedir do nosso Lainine. Por tudo o que representa para nós, temos que honrar a sua partida e isso passa por mantermos a calma. Não queremos confusões, que façam com que a sua passagem para um mundo, que esperamos ser melhor, fique marcada por confrontos ou por quezílias com alguém; mas sim pela pela sua amizade, simpatia, calma e boa disposição. Lembrem-se do sorriso dele e sorriam para ele! O resto, deixem com a polícia”, lê-se numa das páginas de homenagem a Lainine, criadas após a sua morte.
Professor abusa de 18 alunas em escola primária
Correio da Manhã |09.06.13
Um professor primário, de 44 anos, foi preso na cidade Goianira, no estado de Goiás, Brasil, acusado de ter abusado pelo menos de 18 alunas.
A maioria das crianças abusadas, com idades compreendidas entre os oito e os onze anos, já foi ouvida pela polícia e confirmou os abusos.
Segundo o inspetor da polícia de Goianira que coordena as investigações, Vinícios Teles da Silva Costa, o professor, Ivo Barros de Bruno Júnior, aproveitava os intervalos das aulas para molestar as alunas. As vítimas relataram ao inspetor que o professor mandava os meninos brincar no fundo da sala, reunia as meninas no outro lado, em redor dele, e praticava atos libidinosos com elas, ameaçando-as se contassem a alguém.
Ivo tinha sido contratado em Dezembro de 2012 e, desde o início deste ano, dava aulas a uma turma de 35 crianças na Escola Municipal José Luiz Bittencourt, onde os abusos aconteceram. As mães das meninas gostavam do professor, por aparentar ser muito carinhoso com as alunas. Só agora, após a revelação do caso, perceberam os reais motivos de tanto suposto afeto.
O inspetor revelou que foi uma das meninas que, cansada do que tinha que fazer com o professor nos intervalos das aulas, ganhou coragem para fazer a denúncia. Após investigação, a polícia conseguiu que a justiça emitisse um mandado de prisão contra o docente. O professor nega todas as acusações.
Após morte de jovem, escola na Amadora está a funcionar normalmente
Correio da Manhã |06.06.13
A Escola Secundária de Seomara da Costa Primo, na Amadora, está nesta sexta-feira a funcionar normalmente, um dia após a morte de um jovem de 19 anos, na sequência de confrontos entre dois grupos rivais.
A informação foi transmitida à agência Lusa por um dos elementos da direção da escola. No local, o ambiente é calmo, notando-se apenas a presença de um carro policial e de dois agentes do Programa Escola Segura à entrada do estabelecimento de ensino, situado na zona da Venteira.
Os confrontos começaram nas proximidades da escola, tendo depois dois jovens entrado no estabelecimento de ensino, onde o de 19 anos acabou por morrer, devido a ferimentos provocados por facadas no tronco.
Numa nota enviada à Lusa, a escola esclarece que, “na sequência de uma rixa nas proximidades da escola, entre dois grupos rivais, dois jovens feridos refugiaram-se na escola, procurando ajuda”.
O jovem de 19 anos, acrescenta a nota, “apresentava sinais de esfaqueamento e caiu inanimado a caminho do posto médico”. O segundo envolvido “tinha ferimentos na cabeça, tendo sido levado primeiro para o posto médico e depois para o Hospital Amadora-Sintra”, acabando por ter alta médica.
Segundo a escola, “foram imediatamente contactadas as autoridades e o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica]”, mas, apesar das tentativas de reanimação, “o jovem de 19 anos acabaria por falecer no local”.
Após a ocorrência, as aulas foram suspensas durante o resto da tarde de quinta-feira, tendo a direção “evacuado controladamente” o estabelecimento de ensino.
No comunicado, assinado pelo presidente da Comissão Administrativa Provisória, é referido que nenhum dos dois jovens envolvidos frequentou a Escola Secundária de Seomara da Costa Primo, contrariando a informação das autoridades e de moradores, os quais adiantaram que a vítima mortal era ex-aluno do estabelecimento.
“MAIS SINCERAS CONDOLÊNCIAS”
A nota termina com a direção escolar a endereçar as “mais sinceras condolências” à família do jovem.
No decorrer das investigações, a PSP levou três jovens para a esquadra da Amadora, os quais, após terem sido interrogados, na quinta-feira, por inspetores da Polícia Judiciária (PJ), saíram em liberdade mas notificados para comparecerem hoje nas instalações desta força de segurança.
Contactada pela Lusa, a PJ apenas sublinhou que a “investigação está a decorrer”.
Segundo a PSP, os dois grupos rivais já se tinham envolvido em confrontos na quarta-feira, em Queluz, os quais terão dado origem à rixa de quinta-feira.
Menino suspenso de escola por transformar lanche em ‘arma’
Correio da Manhã |07.04.13
Um aluno norte-americano transformou uma das suas bolachas em forma de arma e terá apontado a um colega. A escola decidiu suspender o menino.
Josh Welch, um menino norte-americano, foi suspenso de uma escola no estado de Maryland, Estados Unidos, por fazer de uma bolacha que tinha para lanchar, uma arma de fogo. ¿¿Ao saber desta situação, uma associação de armas de cano longo – que se destina a promover os direitos dos proprietários de armas de fogo – ofereceu à criança uma inscrição para esta poder aprender a disparar armas reais.¿¿O menino de oito anos foi suspenso da escola que frequentava em maio.
Na altura, Josh alegou que estava a tentar transformar, com os dentes e boca, a bolacha numa espécie de montanha. Contudo, o seu lanche acabou por se parecer mais com uma arma.
A direção da escola chegou a dizer que o aluno terá apontado a bolacha – em forma de arma – a um colega.
Docente agredido após insultos
Correio da Manhã |04.06.13
Alunos garantem que professor fez insultos, alguns racistas. Docente não quis falar ao CM.
Um professor de 64 anos da Escola Secundária Padre António Vieira, em Lisboa, foi agredido ontem de manhã, ao soco, por um aluno de 17 anos. O docente sofreu hematomas na face e foi transportado, numa ambulância do INEM, ao Hospital de Santa Maria, tendo já tido alta. A direção do agrupamento de escolas de Alvalade recusou prestar esclarecimentos. Segundo apurou o CM, foi aberto procedimento disciplinar, e o aluno foi suspenso preventivamente e alvo de queixa-crime. O incidente ocorreu na sala de estudo, onde a turma do 9º ano se encontrava porque não tinha tido aulas. O professor não dá aulas à turma.
O CM chegou à fala, por telefone, com o docente, mas este escusou-se a prestar esclarecimentos. Os alunos acusam-no de ter insultado o jovem. “O professor disse para o D. tirar os ‘fones’ dos ouvidos. Ele tirou-os e disse: ‘Este homem’. Só por isso, o professor levantou-se, chamou-lhe pateta, quis agarrá-lo no pescoço, e o D. bateu–lhe”, contou ao CM a aluna Jessica Ricardo. Outros alunos afirmam que o professor disse “vai para a tua terra, filho da p…”. Afirmam que D. é calmo e agiu em legítima defesa.
Professora leva pontapé no peito
Correio da Manhã |01.06.13
Docente caiu pelas escadas e foi assistida no hospital após agressão de aluno de 18 anos
Uma professora da Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz (Sintra), foi agredida na quinta-feira por um aluno do 11º ano com um pontapé no peito e caiu por umas escadas. A docente, de 48 anos, foi assistida no Hospital Amadora-Sintra, tendo sofrido traumatismos diversos. A professora já teve alta e apresentou queixa na PSP contra o agressor, de 18 anos, que continuava ontem a ter aulas. A agressão ocorreu num intervalo. A docente sofreu um encontrão de uma aluna, a quem agarrou e pediu para se identificar. A aluna gritou levando o namorado a agredir a docente.
“O corpo docente está chocado por o aluno não ter sido suspenso”, disse ao CM uma professora, sob anonimato, por “receio de represálias”. O Estatuto do Aluno prevê a suspensão preventiva “no momento da instauração do procedimento disciplinar”. O diretor do agrupamento, José Brazão, alega estar à espera que a professora participe o incidente, “para instaurar procedimento disciplinar”. No entanto, de acordo com o Estatuto do Aluno, basta o diretor tomar “conhecimento da situação” para poder instaurar procedimento disciplinar.
Abusa de colega dentro da escola
Correio da Manhã |29.05.13
Aluno de 12 anos tentou rasgar a roupa de rapariga de 13, que foi agarrada e apalpada nos órgãos genitais. Escola abriu processo e menor foi suspenso
Estava sentada numa escada no recreio da escola quando foi agarrada por um colega, que se sentou em cima dela e lhe tentou rasgar a roupa. Maria (nome fictício) tem 13 anos e só teve tempo de gritar por socorro. Foi abusada sexualmente até que uma amiga que estava por perto ouviu os gritos. O agressor tem 12 anos e foi suspenso preventivamente pela escola, que abriu um processo de averiguações. Os pais da menina já apresentaram queixa na GNR.
O caso aconteceu anteontem à tarde na Escola EB 2/3 Dom Martim Fernandes, no Cerro Branco, em Albufeira. O relógio marcava as 13h30 quando Maria e uma amiga estavam no recreio, numa escada de acesso ao pavilhão nas traseiras da secretaria. “A amiga recebeu um telefonema, e ela ficou sozinha. O rapaz atirou-a para trás e meteu-se em cima dela. Tentou tirar-lhe os calções e a blusa, ao mesmo tempo que a apalpava nos órgãos genitais e a beijava”, descreveu ao CM a mãe, indignada com toda a situação. Maria conseguiu gritar, e quando a amiga regressou, o agressor fugiu. “Ela ligou-me toda aflita a dizer que a tinham tentado violar”, disse a mãe, que pediu para não ser identificada.
O pai da vítima exigiu a chamada da GNR, que vai enviar o processo para o tribunal. A escola abriu um processo disciplinar ao jovem agressor, que “foi suspenso até que seja feito o inquérito”, confirmou ao CM Aurélio Nascimento, diretor do Agrupamento de Escolas Albufeira Poente. O caso foi comunicado à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Albufeira.
Morde aluno para o castigar
Correio da Manhã |29.05.13
Rapaz, de 7 anos, tinha dado dentada a um colega. Professora quis mostrar-lhe a dor
Uma professora é acusada de morder o braço de um aluno, de 7 anos, para o castigar depois de o menor ter feito o mesmo a um colega, na Escola Básica de Vinhais, distrito de Bragança. O pai do menor apresentou queixa na GNR. O caso está no Ministério Público.
“A professora mordeu-me para eu sentir a dor da mordidela”, contou o aluno, da turma do 1º ano de escolaridade, ao pai, dizendo ainda que a diretora da escola lhe puxou as orelhas. O caso aconteceu no dia 14.
“Ele estava a jogar futebol com outros. A bola saiu do recinto e foi buscá-la. Ao chegar, tiraram-lhe a bola. Ele mordeu um, de 10 anos. Juntaram-se mais cinco colegas que começam a bater no meu filho – o meu outro filho até viu”, contou o pai. A professora, que tem 32 anos de serviço, repreendeu o rapaz num “momento de raiva”. “A docente mostrou-se arrependida e não entende porque reagiu assim , adiantou Rui Correia, diretor do Agrupamento de Escolas D. Afonso III, acrescentando que o caso está em averiguações e só depois se saberá se vai haver processo disciplinar.
Docentes reforçam proteção a menores
Correio da Manhã |28.05.13
Escolas são responsáveis pelo maior número de alertas (24,4%), seguidas das polícias
As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco deverão passar a contar com um professor a tempo inteiro, afirmou ontem o presidente da Comissão Nacional. Armando Leandro admitiu a falta de recursos humano num quadro, como o de 2012, em que o número de processos voltou a subir, atingindo mais de 69 mil crianças.
A negligência, que habitualmente liderava as situações de perigo, passou em 2012 para segundo plano, tendo sido substituída pela exposição a comportamentos desviantes, nomeadamente a violência doméstica.
Mais de mil casos vieram agravar o trabalho das comissões que, entretanto, passaram a acompanhar – com o aumento da escolaridade até ao 12º ano – jovens até aos 21 anos.
Essa é uma das razões para o aumento extraordinário do número de casos nesta faixa etária, o que, no entanto, provoca “preocupação”, como afirmou Armando Leandro, ontem no final de uma reunião no Ministério da Segurança Social. É também a razão para o plano de reforço dos professores na comissão, que está a ser formulado.
Segundo o relatório anual da Comissão Nacional, foi necessário acompanhar 2537 jovens, mais 829 do que em 2011. Em causa, estavam situações de absentismo e de insucesso escolar.
As escolas lideram a lista das entidades que mais identificam situações (24,1%), mas o número de participações policiais tem vindo a aumentar, sendo responsáveis por 19,9 por cento das sinalizações em 2012.
Segundo o relatório anual, é no segundo semestre do ano – devido às férias – que sobem o número de casos sinalizados pelas polícias.
Menor violada por colega de escola
Correio da Manhã |24.05.13
Uma adolescente de 15 anos foi ontem à tarde alegadamente violada por um colega de escola, num prédio abandonado perto do estabelecimento de ensino que ambos frequentam, no Seixal. A PSP foi alertada e conseguiu identificar o suposto agressor, de 16 anos.
Tudo terá ocorrido depois do final das aulas (às 16h00). O colega terá seguido a menor e agarrou-a perto de um prédio abandonado. Depois, segundo a queixosa, arrastou a vítima até ao interior, onde lhe tirou a roupa e a forçou a ter relações sexuais. Após a alegada violação, fugiu, abandonando a menor – que pediu ajuda na rua. Ao que o CM apurou junto de fonte policial, o suspeito terá consumido drogas antes de atacar a menor. A vítima foi levada pela PSP ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, mas pouco depois reconduzida para o Hospital de Santa Maria, Lisboa, onde foi assistida e sujeita a perícias médicas.
Diretor pedófilo pediu demissão
Correio da Manhã |14.05.13
Conheça no CM a denúncia dos pais que levou ao desfecho.
Domingos V., presidente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de Escolas nº 1 de Odivelas, pediu ontem a demissão, apurou o CM. Condenado, em 2006, a três anos de pena suspensa por abusos sexuais a um rapaz de 13 anos, o professor foi, mesmo assim, nomeado em janeiro pelo Ministério da Educação para dirigir o mega-agrupamento que juntou a Secundária Braamcamp Freire com o agrupamento da Pontinha. São 2800 alunos, dos 3 aos 18 anos.¿¿A demissão surge após pressão da associação de pais. Em carta ao ministro da Educação, a que o CM teve acesso, os pais exigiram o “imediato afastamento”, defendendo que “qualquer indivíduo condenado por crime de pedofilia não pode desempenhar funções que lhe permitam estar em contacto direto com crianças.” Nuno Crato prometera ontem tomar medidas, e admitiu que a tutela desconhecia o cadastro do professor. “O ministério é o único culpado. Antes de nomear tem de saber o registo criminal”, disse Isidoro Roque, da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais. Domingos V. foi condenado por ter agarrado o pénis de um aluno numa piscina em Benfica. O CM tentou, sem sucesso, falar com Domingos V.
Pedófilo dirige escola
Correio da Manhã |12.05.13
Professor não entregou certificado do registo criminal. Ministério desconhecia condenação. Tem 50 anos e foi condenado por dois crimes de abuso sexual de crianças em 2006
Um professor, de 50 anos, condenado por dois crimes de abuso sexual de crianças, foi nomeado, pelo Ministério da Educação, presidente da Comissão Administrativa Provisória de um agrupamento de escolas com 2800 estudantes. Os alunos, com idades entre os 3 e os 18 anos, estão repartidos por 14 estabelecimentos de ensino da Grande Lisboa.
O Ministério da Educação reconhece que “não tinha conhecimento desta condenação”, porque a mesma “não constava do processo do docente”. Acrescenta que foi “solicitada informação aos serviços competentes”. A lei determina, contudo, que em cargos que obrigam ao contacto regular com menores a entidade patronal tem de pedir o certificado do registo criminal.
O presidente do agrupamento é professor há mais de 30 anos. De acordo com o processo em que foi condenado, a 7 de janeiro de 2003, o docente entrou na no chuveiro onde um rapaz tomava banho, na piscina da Junta de Freguesia de Benfica. Perguntou-lhe a idade. Tinha 13 anos. E o professor respondeu: “Já tens idade para brincar” e agarrou-lhe no pénis.
Após a denúncia, em novembro de 2003, foi detido e esteve preso três meses. Foi condenado em 2006.
Aluno de 10 anos bate em docente
Correio da Manhã |16.04.13
Tentou separar uma briga entre colegas quando foi agredida na face e pontapeada.
Uma professora do primeiro ciclo apresentou ontem uma queixa-crime na GNR de Almeirim contra um aluno de 10 anos que a terá agredido na Escola Básica de Cortiçóis, freguesia de Benfica do Ribatejo, naquele concelho. Segundo o CM apurou, a docente tentou separar uma briga entre colegas ocorrida no espaço escolar ainda antes do início das aulas e acabou pontapeada. A docente foi atingida com alguma violência na cara e injuriada pelo miúdo, cujo mau comportamento na escola é recorrente e por isso do conhecimento dos encarregados de educação e dos responsáveis daquele estabelecimento de ensino.
O caso desta criança do 4º ano, que sofre de hiperatividade, é também do conhecimento do Agrupamento de Escolas Febo Moniz desde que ele entrou para este estabelecimento de ensino e dos restantes encarregados de educação, que exigem uma solução para o problema e para os transtornos provocados pela criança. Pais de outros alunos contaram ao CM que as agressões a outros colegas mais novos e até às funcionárias são praticamente diárias, e que “ninguém o consegue controlar nem alterar o comportamento”.
“Há dias em que se exalta, fica violento e até vira mesas e cadeiras dentro da sala de aula”, contou ao CM a mãe de outra aluna, que pede reserva de identidade “para evitar problemas”.
Após ter apresentado queixa na GNR, a professora não regressou à escola e foi para casa. Os pais foram chamados à escola para ir buscar os filhos, uma vez que não havia quem tomasse conta deles. O presidente do Agrupamento de Escolas Febo Moniz diz ao CM que a escola “vai tentar arranjar uma solução” para resolver o caso do aluno problemático.
Violada por cinco colegas de escola
Correio da Manhã |27.04.13
Jovem de 14 anos foi obrigada a manter relações sexuais com colegas de escola.
Maria (nome fictício) saiu da escola ao final da tarde e dirigia-se para casa a pé. Mas pouco depois de ultrapassar os portões foi surpreendida por um grupo de cinco colegas, também alunos da EB 2/3 Ruy Luís Gomes, no Laranjeiro, Almada. A jovem, de 14 anos, foi arrastada até a uma zona de mato e violada pelo grupo, da mesma idade. A seguir foi deixada nua. Os exames médico-legais feitos horas depois, no Hospital Garcia de Orta, confirmaram a violação.
Segundo o CM apurou, o crime ocorreu no dia 19. Maria seguia sozinha quando foi levada à força para uma zona conhecida como Mata do Rato, junto à Base Militar do Arsenal do Alfeite. De acordo com o relato feito à PSP – a queixa foi feita pelo pai da menor na esquadra do Laranjeiro -, enquanto quatro dos jovens agarravam na adolescente, outro consumou a violação.
A menor identificou os cinco agressores à PSP e a informação foi entregue ao Tribunal de Família e Menores, que está a avaliar o caso. A Polícia Judiciária ainda foi contactada e esteve no local no mesmo dia em que a queixa foi apresentada. Até ontem ninguém tinha sido detido, nem formalmente identificado, uma vez que os autores do crime também são menores.
Da mesma forma ainda não foram tomadas quaisquer medidas cautelares, mas o CM sabe que os cinco jovens não foram à escola no decurso desta semana.
Colegas da jovem vítima de violação relataram ontem ao CM que a menor já voltou às aulas, mas agora é sempre acompanhada de familiares.
O CM tentou insistentemente falar com a direção da EB 2/3 Ruy Luís Gomes, mas nenhum elemento esteve disponível durante todo o dia, devido a uma “visita de estudo à Arrábida”. A PSP reforçou o patrulhamento na zona.
Professora acusada de bater nos alunos
Correio da Manhã |28.04.13
Uma professora primária da Escola Básica do 1º ciclo Moinhos da Funcheira (Amadora) está a ser investigada pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), por alegadas agressões físicas e verbais a alunos do 4º ano, confirmou a tutela ao CM.
Foi também apresentada queixa na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, que já as remeteu para o Ministério Público.
Nas alegadas agressões – com bofetadas, pontapés e uso de linguagem obscena -, têm sido particularmente visados seis alunos que revelam mais problemas de aprendizagem, dois deles inclusive com necessidades educativas especiais.
A docente, na casa dos 40 anos e efetiva na escola, está com esta turma desde o 1º ano, altura em que terão começado as situações de violência. Alguns alunos contaram logo aos pais, mas estes desvalorizaram. Este ano letivo, no entanto, as agressões terão aumentado. Afonso, de 9 anos, é uma das principais vítimas. “Ela puxa-me as orelhas e dá-me estaladas e pontapés”, conta a criança. Mariana, colega de Afonso, diz que já viu a professora dar “estaladas, pontapés, tudo de pior que uma professora não tem direito de fazer”.
A IGEC esteve na escola no início da semana a ouvir os alunos. Segundo Susana Rosieres, mãe de Afonso, desde então a docente mudou o comportamento e “anda muito meiguinha”. O CM tentou ouvir a professora, mas foi-nos dito que não estava disponível. Já a diretora do agrupamento, Cristina Madaleno, garante que desconhecia a situação e que está a aguardar pelo resultado da inspeção. O Ministério da Educação revelou que recebeu quarta-feira o relatório da inspetora, e que está a proceder à “análise jurídica”.
Aluno agredido por cinco colegas
Correio da Manhã |11.04.13
“Pensámos o pior, mas felizmente ele está bem e a recuperar. Foi só um susto.” As palavras de alívio são de Maria de Lurdes, avó de Valter Coelho, o rapaz de 17 anos que ontem de manhã foi agredido com violência por cinco colegas, dentro da sala de aula, na EB 2/3 + S de Terras de Bouro.
O estudante, que sofre de síndrome de Asperger, foi assistido no Hospital de Braga e teve alta ao início da tarde. A escola identificou os agressores e abriu um inquérito de averiguação.”Trata-se de uma turma de um curso profissionalizante, com alguns alunos problemáticos”, referiu ao Correio da Manhã o diretor do agrupamento, Óscar Rodrigues. O dirigente explicou que os jovens se envolveram em confrontos dentro da sala de aula, ao que tudo indica devido a um empurrão antes do início da aula. “O professor estava a chegar à sala e viu o jovem a ser agredido. Mandou os rapazes pararem de imediato e foram chamados o bombeiros”, adiantou o responsável escolar.
Tudo aconteceu pelas 10h30. Os jovens, alunos do 10º ano do curso de Pastelaria e Cozinha, esperavam dentro da sala pelo início da aula. Um dos colegas de Valter terá empurrado a cadeira onde estava sentado o rapaz, provocando uma reação violenta. “Devido ao problema de saúde que tem desde criança, fica muito alterado com pequenos ruídos”, contou ao CM a avó de Valter. Os colegas não gostaram da reação do aluno e começaram a agredi-lo com socos e pontapés. O jovem foi assistido na escola pelos Bombeiros Voluntários de Terras de Bouro, que o levaram ao centro de saúde local. Acabou por ser transferido para o Hospital de Braga, onde realizou diversos exames. Na escola básica e secundária, o incidente rapidamente passou de boca em boca. “Estão sempre a arranjar confusão e metem-se muito com o rapaz”, disse ao CM uma colega de Valter Coelho, que não se quis identificar.
Professor abusa de três meninos
Correio da Manhã |05.04.13
Convencia os alunos, entre os 7 e os 14 anos, a despirem-se em conversas pelo Facebook. Nas aulas de música, violava os menores. Está em preventiva.
Ganhava a confiança dos miúdos nas aulas particulares de música que dava em casa, em Oliveira de Azeméis, e gradualmente convencia-os a despirem-se e a masturbarem-se em frente à câmara do computador, no chat do Facebook. Acabava sempre por violar os rapazes quando estavam nas lições, a sós com o professor, de 44 anos. Ontem, o pedófilo foi mandado para prisão preventiva pelo juiz que o ouviu.
Para já, a Polícia Judiciária tem o relato de três vítimas – meninos com idades entre os 12 e os 14 anos. Mas os inspetores – que detiveram o professor – suspeitam de que mais menores tenham sido abusados. No telemóvel do arguido – que vive com uma companheira -, há várias conversas de cariz sexual, cujos interlocutores serão agora identificados pela PJ.
Durante os próximos dias, serão ouvidos os restantes alunos – do total de 30 rapazes, com idades entres os 7 e os 14 anos – que tinham aulas de música com o pedófilo.
A denúncia partiu do pai de um dos menores abusados. A vítima terá deixado a página de Facebook aberta e o progenitor leu as conversas de cariz sexual que o docente de música mantinha com o seu filho. De imediato, denunciou o caso à Polícia Judiciária do Porto, que rapidamente investigou e deteve o pedófilo – em sua dele, onde dava as aulas particulares.
A primeira vítima confessou que os abusos duravam há pelo menos dois anos e que tinha vergonha de contar os atos sexuais a que o professor de música o sujeitava, até porque o violador garantia às vítimas que estavam a ter práticas normais.
O rapaz -residente nas proximidades – foi levado ao Instituto de Medicina Legal, onde se submeteu a diversas perícias médico-legais que confirmam os abusos de que foi alvo.
AS VÍTIMAS OMITIRAM ABUSOS POR VERGONHA
Os meninos eram iniciados nas práticas sexuais pelo professor, que garantia ser normal terem relações com adultos homens. Mas, após as repetidas violações, os menores acabavam por perceber, nas conversas com outros amigos, que estavam a ser abusados.
No entanto, a vergonha era tal que as vítimas mantinham-se caladas. Tentavam inventar desculpas para não irem às aulas, mas alguns dos meninos foram obrigados pelos progenitores a continuarem a frequentar as aulas de música.
Os pais tinham plena confiança no docente e pensavam tratar-se de uma birra dos menores para abandonarem as aulas de música. Os pais das vítimas, confrontados pela PJ, ficaram em choque com as provas dos abusos sexuais
OUVIDO TODA A TARDE POR JUIZ NO TRIBUNAL
O pedófilo, de 44 anos, foi levado pelos inspetores da Polícia Judiciária do Porto, ao início da tarde de ontem, ao Tribunal de Arouca. Durante toda a tarde, foi ouvido pelo juiz de instrução criminal, estando indiciado pelos crimes de abuso sexual de crianças e de pornografia de menores.
Cerca das 18h30, o professor de música saiu da Judiciária escondido dentro de um carro, depois de o juiz ter decretado que vai aguardar julgamento em prisão preventiva. Foi levado para a PJ, de onde deverá ser transferido para a cadeia.
PORMENORES
ESCOLHIA VÍTIMAS
Apesar de ter alunas raparigas, o pedófilo só terá abusado dos rapazes a quem dava aulas particulares.
SEM ANTECEDENTES
O professor, detido em casa pela PJ do Porto, não tem antecedentes criminais. Está agora indiciado de dois crimes.
PORNOGRAFIA
O arguido gravava no computador pessoal as imagens dos alunos que convencia a despirem-se durante as conversas no Facebook.
Triplicam agressões sexuais nas escolas
Correio da Manhã |29.03.13
Agressões sexuais nas escolas triplicam no ano lectivo 2011-2012.
As agressões sexuais triplicaram nas escolas portuguesas no ano letivo 2011-2012.
Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que cita números dos programas ‘Escola Segura’ da PSP e GNR, foram contabilizadas 128 queixas deste tipo de crimes no ano passado – face às 42 denúncias de 2011.
Apesar de o número total de denúncias criminais em ambiente escolar ter registado no ano passado um decréscimo de 0,66% face a 2011 (5724 contra 5762 ocorrências), o RASI assinala o número das ofensas de índole sexual dentro e junto aos estabelecimentos de ensino. Estas ofensas referem-se a contactos forçados e a tentativas de penetração sexual, cuja investigação passou para a alçada da Judiciária.
Com subidas exponenciais em ambiente escolar estiveram igualmente as participações de furtos (1051 em 2012, face aos 353 de 2011), e de ofensas corporais (1344 no ano letivo passado e 291 no anterior). Os distritos de Lisboa (2156 ocorrências) e do Porto (1056) lideram a lista de denúncias de crimes nas escolas recolhidas pela PSP e GNR.