Mais de 60% dos jovens de Lisboa que vão a tribunal apresentam absentismo escolar
Mais de 60% dos jovens de Lisboa que são presentes a juízes de menores por prática de crimes apresentam problemas de absentismo escolar, conclui uma investigação do Centro de Estudos Sociais (CES) de Coimbra a que a Lusa teve acesso.
Lusa |07.11.14
Dos 104 casos analisados que foram a tribunal na área metropolitana de Lisboa, apenas três jovens tinham abandonado precocemente a escolaridade, referiu João Pedroso, coordenador do projeto de investigação, sublinhando que, para além do elevado absentismo escolar, 76% dos jovens tinham já uma ou mais retenções escolares.
Também mais de metade dos jovens que são sujeitos a julgamento têm comportamentos agressivos, um quarto apresenta “problemas de desobediência ou desrespeito pelas figuras de autoridade” e 21 jovens estavam “referenciados como tendo algum tipo de doença do foro mental”.
De acordo com o estudo, cerca de metade destes jovens com processos tutelares educativos findos (processos que chegam à fase judicial) já tinham tido um contacto com o sistema judicial e quase um terço já tinha sido alvo de uma “medida tutelar educativa” – 18 na comunidade e 10 em internamento.
“As retenções escolares estão relacionadas” com práticas de delinquência por parte dos jovens, observou João Pedroso, sublinhando que é necessária “uma deteção precoce” e a aplicação de “uma solução imediata”.
De acordo com o investigador do CES, “não é possível pensar numa solução sem se pensar na escola”, considerando que é importante uma atenção especial por parte dos estabelecimentos de ensino, mas que terá de envolver “a família e o meio” onde os jovens vivem.
“Deve haver uma política especial para jovens” que têm retenções, referindo que as medidas que existem “não chegam”.
O estudo regista também que os jovens que vão a tribunal de menores são “ligeiramente mais velhos” que os jovens dos inquéritos arquivados.
Nos inquéritos arquivados, 83,7% dos jovens são de nacionalidade portuguesa (em contraste com 75,9% dos processos que foram a tribunal) e apresentavam níveis de absentismo e de retenções escolares mais baixas – 30% e 61% respetivamente.
Nestas situações, o inquérito educativo foi o primeiro contacto com o sistema judicial para a maioria dos jovens, sendo que 87,2% não tinham processo tutelar educativo anterior.
Nos inquéritos arquivados, os tipos de crime mais comuns foram furtos (41%) e ofensas corporais (21%), sendo que nos processos que chegaram ao tribunal também são ofensas corporais e furtos, seguidos de ameaças, injúrias e roubos.
O estudo do CES analisou 100 inquéritos tutelares educativos arquivados e 104 processos tutelares findos, de 2012, provenientes dos tribunais de família e menores de Lisboa, Setúbal, Barreiro, Loures e o Juízo de Família e Menores Grande Lisboa-Noroeste (Sintra).
Os resultados do projeto de investigação serão também discutidos e apresentados hoje no colóquio internacional “@s Jovens e o crime – Transgressões e justiça tutelar”, que decorre na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Dois alunos feridos após tiroteio no Novo México
Correio da Manhã |15.01.14
Dois estudantes ficaram feridos com gravidade na terça-feira, depois de terem sido atingidos por tiros disparados por outro aluno numa escola de Roswell, no estado norte-americano do Novo México, informaram autoridades locais.
Os acontecimentos, que duraram apenas “dez segundos”, ocorreram às 7h30 de terça-feira, antes de começar a primeira aula do dia, numa altura em que, por causa do tempo, os alunos esperavam no ginásio da escola pelo início das aulas.
Nesses poucos segundos, um menor de 12 anos e aluno do sétimo ano, terá tirado a arma e disparado um par de tiros, até que um trabalhador da escola se aproximou e ordenou que baixasse a arma.
A detenção deu-se rapidamente, uma vez que um dos pais que estava na escola era tenente da polícia estatal.
Segundo as autoridades, o aluno de 12 anos que foi atingido por um dos disparos foi o que ficou em “estado mais crítico”, depois de ter sido atingido “perto do olho”, detalharam vários estudantes à imprensa.
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