A mais famosa enciclopédia multimédia portuguesa fez dez anos
Público | 2006-12-29
Quando foi lançada, em 1996, poucos computadores tinham CD-ROM; mas dez anos depois, a Diciopédia já vendeu cerca de 500 000 exemplares.
Chama-se Diciopédia X e é a última versão daquele que é, de longe, o mais famoso título multimédia português. Vai na décima edição, o que significa que o seu trajeto atravessa a própria história do multimédia em Portugal. Já está muito longe da sua primeira antecessora, que tinha muito poucos vídeos ou imagens. Agora, a Diciopédia X traz 380 000 documentos para explorar.
Quando foi lançada a primeira Diciopédia, em 1996, a Porto Editora tinha acabado de criar um departamento para o multimédia. Em 1995, só tinha quatro pessoas, entre as quais Rui Pacheco, que é hoje o diretor daquela área. “Mas a Porto Editora já investia nas tecnologias para acelerar os seus processos de produção”, adianta. Afinal, 1995 foi um ano de grande desenvolvimento para Web. E foi nessa altura que os computadores começaram a ter leitor de CD-ROM. “Estamos a falar do início do PC enquanto máquina multimédia”, diz Rui Pacheco.
Até então, faziam-se pequenas aplicações que cabiam nas disquetes, mas começava a surgir a necessidade de outras coisas. Rui Pacheco tinha entrado para a Porto Editora há pouco mais de um ano. Desde os tempos do velho computador Spectrum, com 48 kilobytes de memória, que “tinha a mania de programar umas coisas”. Apesar de se ter licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, as tecnologias sempre despertaram o seu interesse. Gostava também de jogar basquetebol e entretinha-se a criar uma base de dados, na folha de cálculo Excel, onde registava os lançamentos e resultados da equipa.
Antes da Diciopédia, a Porto Editora lançou outros títulos multimédia de dimensão mais modesta, como Vida e Obra de Luís de Camões. Vendeu cerca de 9000 exemplares, o que pode ser considerado um sucesso, tendo em conta que eram ainda poucos os computadores com leitor de CD-ROM.
O conceito da Diciopédia foi desenvolvido em conjunto com outra empresa, a Priberam, que trabalhava na área dos dicionários e dos corretores ortográficos. O objetivo foi juntar as características de um dicionário e de uma enciclopédia, e a parceria com a Priberam manteve-se até à segunda Diciopédia, em 1998.
Lançar a primeira Diciopédia não foi uma tarefa simples e o ambiente que se vivia na Porto Editora era de receio e entusiasmo. “Primeiro, havia a sensação de que iriam ser rebentados todos os orçamentos. Depois, havia um desconhecimento muito grande em relação ao tamanho que o mercado teria”, recorda Rui Pacheco.
O título acabou por custar cerca de 500 000 euros e vendeu aproximadamente 40 000 exemplares. é esse, ainda hoje, o número médio de vendas de cada edição.
A corrida
O lançamento acabou por ser apressado porque se estava disputar uma corrida. Perguntava-se, então, quem seria a primeira a lançar um título daquele género: Porto Editora ou Texto Editora? E a verdade é que, na Feira de Frankfurt, Rui Pacheco já tinha visto a sua empresa ser confundida com a principal concorrente. “Já sabíamos que a Texto estava a trabalhar nesta área.” Foi por dois meses que a Diciopédia chegou primeiro, “e o sucesso foi esmagador”, diz.
Os 40 mil exemplares vendidos deixaram a Porto Editora satisfeita, tendo em conta que o preço era 50 euros. Aliás, é isso que a Diciopédia custa ainda hoje, apesar das inúmeras atualizações e de um enorme crescimento da quantidade de conteúdos. Hoje, a Diciopédia X integra 380 000 documentos.
A décima edição mudou tudo
Na Diciopédia X, explica Rui Pacheco, quase tudo mudou. “é como se tivéssemos uma casa que fôssemos remodelando. Chegámos a uma altura que já não nos permitia ir mais além. Então, toda a estrutura aplicacional, a forma de navegação e de pesquisa foram melhoradas.” O dicionário, por exemplo, já não está “colado” à enciclopédia. Aliás, a nova Diciopédia tem agora nove dicionários, enciclopédia e atlas. Agora também é possível esmiuçar as pesquisas por assunto e procurar, por exemplo, personagens ligadas à matemática, com um melhor cruzamento com as imagens. Desta vez foi criada uma aplicação que se enquadra no aspeto do novo sistema operativo da Microsoft, o Windows Vista, que chegará à s lojas em janeiro. Centrada em três áreas – Explorar, Aprender e Galeria -, a Diciopédia X tem uma nova estrutura de catalogação. Em Explorar encontra-se uma enciclopédia organizada em nove temas principais, que se dividem em 182 subtemas. Depois, em Aprender, estão os guias curriculares das disciplinas do 10.º ao 12.º ano de escolaridade, para além de 25 obras de autores clássicos, como Almeida Garrett, Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco. Finalmente, na Galeria estão vários recursos interativos, como o Atlas do Mundo – com 5000 locais onde se pode clicar para ter mais informação -, ou a Jogopédia, uma espécie de “Quem quer ser milionário” para jogar em família e testar a cultura geral.
A moda dos audiolivros
Público | 2006-10-08
Não tem tempo para ler mas enquanto conduz apetece-lhe ouvir o mais recente livro de Philip Roth, Everyman, em alemão? Isso é possível e na Alemanha a moda veio para ficar. Um estudo do Ipsos (um instituto de estudos de mercado) que teve como tema a pergunta Se você não quer ler, vai ter que ouvir? chegou à conclusão de que numa amostra de 500 alemães inquiridos, um em três já tinham ouvido, pelo menos uma vez, um audiolivro. A percentagem de consumidores de audiolivros neste país é maior naqueles que têm menos de 34 anos (37%). Entre os que têm entre 35 e 54 anos é de 33% e baixa para 31% nos mais velhos, com mais de 55 anos. Verificaram também que os consumidores de audiolivros são aqueles que têm um nível de educação mais elevado e também os que mais compram livros, revistas e música. As vendas do audiolivro na Alemanha aumentaram 20% desde o ano passado e o número de portais que permitem que se descarreguem livros em formato MPE ou áudio também cresceu. A preferência dos consumidores é pelos romances, livros para crianças e adolescentes e, por fim, para os livros escolares.
Recursos educativos em análise
Educare.pt | 2006-10-06
Nasceu há apenas um mês, mas pretende marcar a diferença na avaliação dos recursos educativos. O ORE é da autoria de dois professores universitários e conta com o apoio da Porto Editora.
O Observatório dos Recursos Educativos (ORE) é um projeto de investigação, que começou em setembro, pelas mãos de Adalberto Dias de Carvalho, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e Nuno Fadigas, docente do Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo. Tal como Adalberto Dias de Carvalho explicou ao EDUCARE.PT, o ORE “corporizou o encontro de um projeto e de uma disponibilidade”: ou seja, juntou-se a vontade de ir mais além, numa área onde se investiga pouco, com a disponibilidade da Porto Editora, que “numa atitude de autêntico mecenato criou todas as condições para viabilizar [o projeto] e pô-lo ao serviço da comunidade”.
Caracterizando-se como “uma entidade privada de serviço público”, o ORE tem como objetivo fazer investigação na área dos recursos educativos, compilar e tratar a informação que recolher e divulgá-la não só através de estudos que o próprio Observatório irá realizar, como através de bibliografias, sites de interesse, eventos, notícias, entre outras fontes de informação. Mais tarde, segundo Adalberto Dias de Carvalho, à medida que existam resultados, serão também organizados colóquios, com o objetivo de ampliar o trabalho desenvolvido, assim como serão organizadas exposições e lançadas publicações específicas.
A ideia de criar o Observatório, explica o professor catedrático, “surgiu pela perceção de um vazio” existente na avaliação dos recursos educativos. Para Adalberto Dias de Carvalho está área está “desprovida de uma investigação sistemática”, ficando, por isso, “sujeita a um debate ideológico quantas e quantas vezes enviesado, inclusive pela ausência de elementos de sustentação credíveis por parte das várias posições em confronto”. Por isso, em colaboração com Nuno Fadigas e com o apoio da Porto Editora, juntaram-se “uma ideia e uma boa vontade” para dar corpo a este projeto.
Neste momento, o ORE tem em mãos um estudo de grande dimensão sobre manuais escolares. De acordo com Adalberto Dias de Carvalho, o estudo pretende ‘proceder a uma aproximação crítica, numa perspetiva comparativa, sobre o que se passa num importante conjunto de países europeus a propósito de aspetos tão decisivos como os processos de organização e adoção de manuais escolares, as políticas sociais a eles ligadas, as questões pedagógicas e científicas, entre outras’. Este estudo ainda não está completo, mas as primeiras notas já podem ser consultadas no site do Observatório dos Recursos Educativos ( http://www.ore.org.pt/ ).
De seguida, outras investigações estão já a ser planeadas. é o caso de um estudo que pretende debruçar-se sobre a importância dos recursos educativos no desenvolvimento das relações escola/família em termos de acompanhamento e apoio ao trabalho dos alunos ou outro sobre a avaliação da experiência da Escola Virtual. Os cursos profissionais também serão alvo de estudo e avaliação, sobretudo no que diz respeito ao papel dos manuais escolares nestes cursos mais práticos. Os manuais utilizados em várias disciplinas, no ensino regular, também serão alvo, segundo o professor Adalberto Dias de Carvalho, de “um trabalho sistemático”.
O ORE dispõe de recursos próprios para investigação, mas pretende também contar com a colaboração de toda a comunidade científica. Atualmente, por exemplo, na área de Legislação é possível consultar os tópicos de um parecer do professor Gomes Canotilho sobre o diploma que rege a avaliação e certificação dos manuais escolares.
Para além de alguns dados iniciais sobre o estudo comparativo dos manuais escolares em diversos países europeus, no site do Observatório dos Recursos Educativos está também à disposição um plano de estudos, que indica quais as investigações em curso ou que o ORE pretende realizar; sugestões de eventos e iniciativas de interesse que possam decorrer na área da Educação; uma sugestão de bibliografia; algumas notícias naturalmente relacionadas com a mesma área; projetos de investigação que podem ser consultados; legislação que é importante conhecer e, finalmente, algumas ligações para sites nacionais e internacionais.
Galiza equipa as escolas do 1.º ciclo com quadros interativos
Educare.pt | 2006-09-11
A partir deste ano, todas as escolas de 1.º ciclo da Galiza vão ter quadros interativos nas salas de aulas.
O ano letivo de 2006/2007 vai ser diferente nas escolas primárias da Galiza, norte de Espanha. Em vez do tradicional quadro de lousa, todas as escolas primárias daquela região espanhola estão agora equipadas com quadros interativos, numa iniciativa da Conselheria de Educação da Junta da Galiza.
A aquisição e colocação dos mais de 700 quadros interativos foi feita no âmbito do projeto “Internet na Aula”, um programa que visa garantir o uso efetivo das TIC por parte de professores e alunos e que é da responsabilidade da Red.es, entidade pública espanhola sob a responsabilidade do Ministério da Indústria, Turismo e Comércio que tem como objetivo o desenvolvimento das telecomunicações e da sociedade.
Considerado como excelente instrumento para dinamizar a sala de aula e potenciador de novos métodos de aprendizagem – e lecionação -, o quadro interativo é já uma realidade nas salas de aulas em inúmeros países europeus e asiáticos, bem como nos Estados Unidos, sendo essencialmente utilizado para aceder a conteúdos curriculares em formato digital, nomeadamente via Internet.
Utilização das TIC nas aulas regista sucesso em vários países
Entretanto, a integração das TIC no quotidiano da sala de aula é já uma realidade em diferentes latitudes.
Em países como a Inglaterra, a Finlândia, a França, a Nova Zelândia e os Estados Unidos, desde há vários anos que é prática corrente a utilização de equipamentos como os quadros interativos e de conteúdos educativos em formato digital, considerando-se que essa estratégia tem contribuído para os índices elevados de sucesso das aprendizagens registados nas respetivas escolas.
Quanto custa regressar à s aulas?
PortugalDiário | 2006-08-29
Anúncios com crianças todas sorridentes a pedir mochilas e canetas novas já chegaram à s televisões. Quanto é que o leitor vai gastar? Onde se compra mais barato? Para já, há uma boa notícia: manuais escolares não estão mais caros.
Os anúncios com crianças todas sorridentes a pedir mochilas e canetas novas já chegaram à s televisões. Para muitos pais, este período é um verdadeiro pesadelo. O que é que é mesmo necessário comprar? Onde é que se compra mais barato?
A menos de duas semanas do início do arranque do ano letivo há pelo menos uma boa notícia: os manuais escolares não estão mais caros.
A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) concluiu que no ensino secundário os livros deverão sofrer um aumento máximo de 2,6 por cento. Ou seja, até ao nono ano os preços deverão manter-se e ficar abaixo da inflação.
«Os aumentos são, genericamente, muito abaixo da inflação, temos até preços que desceram, e, em termos médios, estão um pouco acima dos 0 por cento», adianta Vasco Teixeira, da APEL, em declarações à Rádio Renascença.
No que diz respeito ao ensino secundário, «os livros não estão ao abrigo da convenção de preços dos editores e cada um tem a sua política», explica Vasco Teixeira, acrescentando que, segundo o cálculo da associação, «os aumentos rondarão os 2,5 ou 2,6, não mais que isso».
Este ano, o leitor vai conseguir poupar no regresso à s aulas? Quanto é que costuma gastar com o material escolar dos filhos?
A Agência Financeira deixa-lhe aqui umas dicas sobre a compra dos manuais escolares:
Se optar pelo grupo Porto Editora, é possível encomendar os manuais escolares a qualquer hora na Internet e aguardar a entrega ao domicílio. Para atrair maior número de consumidores, a editora oferece um desconto de 10 por cento nos manuais escolares e preços 20 por cento mais baixos nos livros auxiliares.
Também a Texto Editora disponibiliza, pelo oitavo ano consecutivo, a venda de livros escolares através da Internet. No site é possível ler-se que a editora pretende oferecer grandes vantagens, das quais destaca o desconto de 10 por cento em todos os livros escolares e a oferta de acesso aos dicionários Universal online.
Kit básico no hipermercado
A «Agência Financeira» fez uma ronda por alguns dos espaços comerciais da cidade de Lisboa, e encontrou ofertas de material didático para todos os bolsos. As mochilas variam entre os 4,99 euros e os 22,99 euros. Os cadernos mais baratos de tamanho A5 custam 0,39 euros, enquanto um caderno de tamanho A4 pode variar entre os 0,99 euros e os 2,49 euros.
Se aos cadernos juntarmos um dossier, saiba que o valor varia entre 1,79 e 3,49 euros.
Um conjunto de esferográficas pode variar entre os 0,49 euros (2 unidades) e os 4,99 euros. Já um conjunto de duas afias pode custar-lhe 0,49 euros e duas borrachas de 0,39 euros até 1,44 euros.
Os dicionários e os livros didáticos também têm lugar nas prateleiras dos hipermercados. Um dicionário bilingue, Português/Inglês pode variar entre os 9,90 euros e os 13,49 euros. Já um dicionário só de Língua Portuguesa varia entre 3,99 euros e os 35,01 euros.
No total, conte sempre com umas largas dezenas de euros, que pode variar entre os 35 euros e os 50 euros, só para equipar o seu filho, sem contar com os extras ao longo do ano.