Microsoft revela primeiro portátil Surface como parte da nova aposta na educação
A Microsoft quer formar a geração do futuro: a nova gama de produtos focados na educação inclui um novo sistema operativo, programas que ensinam código a crianças e criam aulas em 3D, e um portátil ultraleve para estudantes universitários.
PÚBLICO | 02.05.17
A Microsoft apresentou o seu primeiro portátil oficial que não se divide em dois, esta terça-feira num evento focado na educação.
Depois de anos a apostar em aparelhos híbridos (metade computador, metade tablet), o novo Surface Laptop vem sem ecrã-removível e funciona com o novo sistema operativo, o Windows 10 S. Ambas as novidades destinam-se a simplificar a vida dos estudantes de todo o mundo, desde o ensino básico à universidade.
“O nosso sucesso é medido pelo sucesso dos outros”, frisou o diretor-executivo, Sayta Nadella, na apresentação em direto de Nova Iorque. “Não vivemos na ilusão de que a tecnologia basta para mudar o mundo”.
A primeira parte da missão foi criar o novo sistema operativo, o Windows 10 S. Trata-se de um sistema minimalista, que apenas funciona com aplicações descarregadas da loja da Windows e demora cerca de dez segundos a começar, segundo a equipa da Microsoft. O objectivo é que se torne uma presença comum nas escolas de todo o mundo, devido à rapidez de carregamento que evita que os estudantes se distraiam no começo das aulas.
Citando um relatório de 2016 do Fórum Económico Mundial (WEF), Nadella relembrou que “cerca de 65% dos estudantes que entram hoje para as escolas vão ter empregos que ainda não existem”, sendo importante formar os alunos para as ciências e matemáticas através de um ambiente educacional onde a tecnologia é parte do dia-a-dia.
O sistema operativo pretende ajudar os estudantes a ter sucesso nesse mundo. Vem pré-instalado no novo Surface Laptop, que, com apenas 1,2 quilogramas e 13,5 polegadas, promete 14,5 horas de autonomia devido à utilização de processadores Intel Core i5 e i7.
Segundo a Microsoft, as características deste aparelho leve e fino permitirá que os alunos o levem para qualquer lado para começar logo a trabalhar sem precisarem de estar constantemente à procura de tomadas eléctricas. O preço vai começar nos 999 dólares (cerca de 915 euros).
Porém, com ambições de entrar nas salas de aula de todo o mundo, o novo sistema operativo também vai estar disponível em aparelhos muito mais económicos, com preços a começar nos 189 dólares (cerca de 180 euros). A Acer, Asus, Dell, Samsung e Toshiba são algumas das marcas que já confirmaram que terão aparelhos com o novo sistema. Parte da estratégia parece ser competir com o baixo preço dos Chromebooks – aparelhos criados para funcionar com o sistema operativo do Google Chrome OS – cujos valores rondam os 199 dólares.
Porém, o Windows 10 S poderá ser descarregado para qualquer máquina que cumpra os requisitos para o tradicional Windows 10. O novo sistema terá ainda uma subscrição de um ano do jogo Minecraft (que a Microsoft comprou em 2014), as ferramentas Office 365, e aplicação para o Paint 3D.
A ideia é permitir que mais alunos tenham acesso a ferramentas que lhes estimulem a criatividade, explica Nadella: “O talento está em todo o lado, mas a oportunidade não.”
Por exemplo, a nova extensão da Microsoft para o Minecraft – o Code Builder – ensina código a crianças e leva os alunos a utilizar fórmulas aritméticas para criar desde templos da Grécia Antiga a ambientes no planeta Marte. Por sua vez, o Paint 3D permite a criação modelos em 3D para “visitas de estudo virtuais” via óculos de realidade virtual.
Com a nova gama, a Microsoft quer levar os seus produtos à geração que cresceu com a tecnologia como língua-materna. O novo Surface Laptop vai estar disponível para pré-encomenda em Portugal a partir desta terça-feira, embora o lançamento apenas esteja previsto para dia 15 de Junho.
Um videojogo em que és sempre tu que ganhas
O Projeto Unlove/Unpop está a criar um videojogo e um kit pedagógico para prevenir a violência no namoro. Rapazes e raparigas, vamos falar de coisas sérias. O Dia dos Namorados é dia de amor, claro, mas também um momento propício para apresentar uma iniciativa que quer desconstruir discursos abusivos e prevenir a violência no namoro.
Diário de Notícias | 13.02.2017
O amor, já se sabe, tem pano para mangas. E o Projeto Unlove/Unpop, do MDM – Movimento Democrático de Mulheres, está a construir um videojogo com avatar para tomar decisões numa relação amorosa e um kit pedagógico para ler videoclipes nas entrelinhas. A partir de março, e durante 18 meses, o projeto percorrerá as escolas secundárias do distrito de Aveiro, chegando a cerca de 8000 jovens.
A apresentação da iniciativa, que conta com o apoio e presença da secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, acontece exatamente amanhã, 14 de fevereiro, Dia dos Namorados, pelas 10h00, no anfiteatro do departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro – parceira do projeto em várias frentes, quer através do Departamento de Comunicação e Arte, quer do Programa Doutoral em Estudos Culturais. O reitor da universidade, Manuel António Assunção, estará na cerimónia.
Como falar de amor ou de desamor? O MDM quer chegar bem perto dos jovens e, por isso, recorre a produtos tecnologicamente avançados que fazem parte das rotinas da juventude. Nada é deixado ao acaso. Um projeto, duas ferramentas.
O videojogo Unlove, em formato Web e app para o telemóvel, coloca o jogador, através do seu avatar, no centro das decisões numa relação de namoro virtual. Situações pela frente, coisas para resolver. Durante o jogo, criado numa lógica de tempo real, o jovem jogador vai percebendo como as suas decisões afetam sentimentos e condicionam a narrativa que percorre diversos espaços (escola, café, casa, praia, entre outros). O jogo permite a criação de comunidades, espaços reservados a grupos de utilizadores – escola, por exemplo – para partilhar casos, sugestões ou colocar dúvidas. O protótipo já existe, agora os jovens do secundário darão sugestões importantes para afinar o jogo até ao modelo final.
O Guião Unpop, ou seja, um kit pedagógico que usará os videoclipes mais consumidos pelos jovens, que estão nos tops nacionais e internacionais, é o outro produto do projeto. Um kit pensado para mostrar, em contexto educativo, onde estão estereótipos de género em relação à orientação sexual, idade, etnia, classe social, onde está a banalização da sexualidade ou do erotismo, onde andam preconceitos e mitos sobre modelos de relação e que podem gerar discriminações e violências de género.
O guião, em suporte físico e informático, descodificará mensagens escondidas em letras, músicas e imagens, através de dinâmicas de animação de grupo que estimulam o diálogo e o espírito crítico. Alunos e professores ajudarão a construir este guião que terá múltiplas funções, desde desconstruir mensagens, a sugerir conteúdos, recursos, estratégias, atividades.
Ano e meio por escolas secundárias, a ouvir jovens, a registar ideias, a perceber o que eles querem, para construir um videojogo e um guião à medida das expectativas. «Nos primeiros meses, será feito um trabalho mais intenso que servirá para recolher informação e material para enriquecer o próprio projeto», adianta Joana Lima, da equipa técnica do projeto e responsável pela produção do videojogo. Ouvidos bem abertos porque tudo o que se disser será essencial. Os produtos serão testados e disseminados pelas escolas do distrito de Aveiro. Depois disso, a porta está aberta para que as ferramentas cheguem a todo o país. «Este é um projeto de sensibilização e de prevenção para a promoção de uma cultura de igualdade e de não-violência», diz Joana Lima.
Aplicação permite aos pais saberem tudo o que os filhos fazem na escola
Se sempre quis ter acesso ao que o seu filho faz na escola, fique a saber que já existe uma aplicação para esse efeito.
Jornal i | 04.01.2017
Os encarregados de educação vão passar a ter acesso às atividades diárias dos seus filhos no âmbito do ambiente escolar através de uma aplicação para telemóveis.
Os privilegiados a terem acesso a esta aplicação serão os pais dos alunos do 1º ciclo do ensino básico das escolas da Maia, no Porto.
“Através de uma aplicação para ‘smartphone’ gratuita, os pais vão ter acesso ao dia a dia dos seus filhos na escola, podendo saber as faltas de material e as notas dos testes, entre outras funcionalidades”, disse esta quarta-feira à agência Lusa, o presidente de Câmara da Maia, Bragança Fernandes.
De acordo com as declarações de Bragança Fernandes, esta aplicação irá permitir aos encarregados de educação um acompanhamento mais próximo sobre as atividades dos seus educandos.