Escolas de Lisboa competem com uma app para ver qual é a mais sustentável
A Câmara de Lisboa apresentou esta sexta-feira, dia 9 de novembro, a App Sharing Lisboa. Trata-se uma experiência-piloto na Europa que quer mostrar-te, e incentivar, comportamentos mais amigos do ambiente.
Jornal de Notícias | 08.11.18
Esta ação de partilha, ou Mercado Social Digital, vai funcionar através de uma aplicação móvel onde cada comportamento amigo do ambiente, como andar a pé, reciclar, usar bicicleta ou frequentar o comércio local, gera pontos que revertem para as escolas envolvidas.
São três as escolas a competir nesta primeira experiência e todas em Lisboa: a EB 2, 3 Nuno Gonçalves, a EB 2,3 Manuel da Maia e a EB 2,3 das Olaias.
Quem for a escola mais eficiente recebe 20 mil euros mas quem perder também recebe 5 mil euros.
Em luta pelo prémio final, devem ter comportamentos sustentáveis, melhorar a eficiência energética da escola e pedir ajuda dos alunos e comunidade para ganhar pontos.
E tu, tens comportamentos sustentáveis?
China limita número de videojogos para “evitar miopia” entre as crianças
Presidente chinês, Xi Jinping, apelou à proteção da visão das crianças.
Lusa | 31.08.18
A China vai limitar o número de videojogos disponíveis na Internet do país, “para evitar a miopia”, uma doença que afeta muitas crianças e adolescentes chineses, avançou o ministério chinês da Educação. O novo regulamento foi anunciado na quinta-feira, logo após uma “importante diretriz” do Presidente chinês, Xi Jinping, que apelou à proteção da visão das crianças. As autoridades limitarão o número de videojogos na Internet, mas também o lançamento de novos produtos no mercado, segundo o comunicado do ministério da Educação.
Apple cresce num mercado de tablets que continua a minguar
O mercado global destes aparelhos decresceu 13,5% durante o segundo trimestre de 2018.
PÚBLICO | 03.08.18
A Apple e a Samsung lideram o pódio no mercado de tablets, que continua a minguar. Durante o segundo trimestre de 2018, o mercado global destes aparelhos decresceu 13,5%, de acordo com dados da analista IDC.
Uma das razões apontadas para a queda é que, além de o mercado estar saturado, tanto as pessoas como as empresas estão a apostar em portáteis (cada vez mais leves e mais pequenos) para utilizar na vida pessoal e profissional.
Do total de 33 milhões de aparelhos enviados para retalho, quase 35% são da Apple. Seguem-se a Samsung, com 15% do mercado, a Huawei (10,3%) que envia metade dos seus aparelhos para a região da Ásia e do Pacífico, e a Lenovo (6%). A Apple conseguiu subir cinco pontos percentuais face ao trimestre homólogo.
De acordo com a IDC, “o lançamento de novos iPads no final do primeiro trimestre de 2018, a par de melhorias no sistema operativo e um foco renovado na educação, parece estar a ser rentável para a Apple”.
As vendas da Amazon, porém, diminuíram mais de 33% durante o trimestre, algo que a IDC justifica com à saturação do mercado.
O analista da IDC Jitesh Ubrani explica, em comunicado, que o futuro dos tablets pode estar no mercado dos chamados detachables. Trata-se de aparelhos com um teclado anexado e que permitem utilizar um tablet como um pequeno computador em algumas ocasiões. “Embora tanto os consumidores privados e as empresas tenham mostrado interesse em aparelhos com uma estrutura que se separa, aqueles que têm de respeitar orçamentos mais apertados têm poucas opções, o que os obriga a escolher um computador pessoal”, diz Ubrani. O analista acredita que isto pode mudar com o lançamento de aparelhos mais acessíveis, como o Surface Go, da Microsoft, e os novos iPads da Apple. Este ano, ambas as empresas apresentaram tablets mais baratos, com um foco no mercado educativo.
Em Julho, a Microsoft lançou aquilo que descreve como o “mais transportável e mais económico” dos Surface (uma gama de aparelhos híbridos que a Microsoft lançou em 2012). Na altura, Panos Panay, o director de produto da empresa, descreveu as dimensões do aparelho como ideias para ler manuais escolares em formato digital. Meses antes, a Apple também tinha apresentado o “iPad mais económico e acessível” de sempre num evento dedicado à educação em Chicago.
Site ajuda autistas a aprenderem matemática
Esta é a primeira plataforma do género em português e foi criada por Isabel Santos.
Lusa | 28.06.18
Um “site” criado na Universidade de Aveiro permite ajudar crianças com perturbação do espectro do autismo (PEA) a desenvolver o raciocínio matemático e auxiliá-las na leitura e na linguagem, revelou esta quinta-feira fonte académica. Denominado LEMA (das iniciais em inglês de Learning Environment on Mathematics for Autistic children), trata-se da primeira plataforma do género em português e foi criada por Isabel Santos, durante o seu doutoramento em Multimédia em Educação na Universidade de Aveiro (UA), com o objetivo de ajudar à aprendizagem da matemática.
“Os resultados obtidos nas sessões de aferição com crianças e com professores e educadores da Educação Especial permitem assumir o LEMA como um importante instrumento de apoio à promoção do desenvolvimento do raciocínio matemático em crianças com PEA”, congratula-se Isabel Santos. Para além da Matemática, o LEMA é também um auxiliar aos desenvolvimentos da linguagem e leitura, do planeamento, da memorização, da gestão de emoções, da atenção e concentração e da interação entre pares.
“O ambiente digital poderá constituir-se como um instrumento pedagógico relevante para a premissa de uma escola inclusiva, garantindo o acesso e equidade de crianças com PEA ao processo de ensino e de aprendizagem, preparando a sua transição para uma vida ativa em sociedade”, salienta Isabel Santos.
Destinado a crianças entre os 6 e os 12 anos diagnosticadas com PEA, o LEMA contém dois perfis de utilizadores: um para o educador e outro para a criança. Integra 32 classes de atividades de matemática, cada uma delas subdividida em cinco subclasses, de acordo com níveis de dificuldade. A plataforma permite a seleção personalizada de uma até dez classes e subclasses de atividades, tendo em conta o perfil funcional do aluno, bem como a visualização do registo de desempenho de cada aluno na realização das atividades propostas por parte do educador.
O número de alunos diagnosticados com PEA tem aumentado nas últimas décadas em Portugal. O estudo mais recente realizado pela Federação Portuguesa de Autismo, referente a 2011 e 2012, indica uma prevalência de 15,3 crianças/jovens diagnosticadas com PEA em cada 10 mil.
França proíbe telemóveis nas escolas
A Assembleia Nacional francesa aprovou, esta quinta-feira, uma “interdição efetiva” de telemóveis nas escolas públicas e privadas do ensino básico e secundário do país, a partir do próximo ano letivo.
Jornal de Notícias | 07.06.18
A medida é descrita pelo governo como “um sinal para a sociedade”, escreve o francês “Le Monde”. Segundo o jornal, a proposta de lei foi aprovada com os votos a favor dos partidos La République en Marche (LRM), do presidente Emmanuel Macron, Movimento Democrático e União dos Democratas e Independentes. Os restantes partidos consideraram que a proposta do Governo é “inútil”, um “embuste” e “uma simples operação de comunicação”.
O ministro da Educação francês, Jean-Michel Blanquer, fala numa “medida de desintoxicação” para combater a distração na sala de aula e o “bullying”. Segundo o governante, a nova lei envia “um sinal à sociedade francesa” e alegou que “estar aberto às tecnologias do futuro não significa aceitá-las para todos os efeitos”, enumerando uma série de “maus usos”, como o cyberbullying, a consulta de sites pornográficos e o vício dos ecrãs. À “lista negra”, o ministro da Justiça, François Bayrou, acrescenta o aumento de roubos de telemóveis, extorsão e obsessão com marcas da moda.
De acordo com os últimos dados, em França, mais de 90% das crianças com 12 anos ou mais têm pelo menos um telemóvel.
A nova lei permite às escolas decidirem o modo como querem aplicar a proibição, podendo obrigar os alunos a colocarem os dispositivos em bolsas específicas dentro das mochilas escolares, mas permitindo o acesso em caso de emergência ou uso pedagógico, ou proibir a sua utilização por completo, sob a pena de sanções.
Um representante do sindicato dos professores UNSA, Stephane Crochet, disse à rádio RTL considerar a inclusão dos adultos na proposta de lei um insulto e um risco de segurança.
As crianças não sabem pegar num lápis e a culpa é da tecnologia
Os mais novos têm problemas de motricidade. Muitas escolas inglesas já utilizam tablets para substituir lápis.
PÚBLICO | 26.02.18
Já sabíamos dos japoneses que deixaram de tocar à campainha com o indicador, usando o polegar – dedo mestre no envio de SMS –, ficamos agora a saber que o uso excessivo de ecrãs tácteis está a impedir que os músculos dos dedos das crianças se desenvolvam de forma correcta, revela o The Guardian, depois de ouvir vários especialistas britânicos.
Segundo os médicos e terapeutas ouvidos, as crianças têm cada vez mais dificuldade em pegar num lápis ou numa caneta e isso deve-se ao uso das novas tecnologias, desde cedo. “As crianças não entram na escola com a força e destreza com que entravam há cerca de dez anos”, revela Sally Payne, terapeuta pediátrica da Fundação Heart of England, ao The Guardian.
Sally Payne conta que as crianças que chegam à escola recebem um lápis, mas são cada vez menos as que são capazes de segurá-lo porque não têm destreza e as aptidões fundamentais do movimento. “Para poder agarrar num lápis e movê-lo é necessário um forte controlo sobre os músculos dos dedos. As crianças precisam de oportunidades para desenvolver essas competências”, acrescenta a terapeuta. Oportunidades essas que podem ser desenvolvidas em casa ou no pré-escolar.
Existem variadas formas de “ensinar a escrever” nas escolas inglesas, sendo que muitas destas instituições já usam tablets. Para Melissa Prunty esta realidade é um “problema grave”, já que muitas crianças também usam tablets fora da escola. Barbie Clarke, pedopsicoterapeuta e fundadora da agência Family Kids and Youth, diz que embora o pré-escolar esteja atento ao trabalho da motricidade fina, o problema está no uso excessivo das tecnologias em casa.
Ouvida pelo The Guardian, Mellissa Prunty, pediatra especializada na área da terapia ocupacional que se foca nos problemas da escrita, também está preocupada com o facto de cada vez haver mais crianças a aprenderem a escrever muito tarde “Um dos problemas principais deve-se ao facto de a caligrafia ser uma característica muito própria de cada pessoa e de se desenvolver durante a infância”, alerta a também vice-presidente da National Handwriting Association, uma organização não governamental que se foca na chamada de atenção para a importância da escrita manual.