Jovens portugueses são dos que mais utilizam computadores na União Europeia.
Apesar dos números animadores ao nível da utilização, as importantes competências adquiridas na área da programação não são das mais que mais daquela relevam.
ORE | março de 2012
Consulte aqui o relatório.
Publicado no dia 26 de março, o relatório “Computer skills in the EU27 in figures”, elaborado no âmbito do Eurostat, elenca alguns dados importantes no que se refere às competências na área das TIC dos cidadãos europeus. Destacam-se, para o efeito, os números referentes à realidade portuguesa, comparada com a dos demais países da União Europeia.
Assim, quanto aos diplomas do ensino superior obtidos no domínio das TIC, Portugal registou nos últimos anos, a par do Reino Unido, uma das maiores descidas da União Europeia. Malta e Hungria denotam subidas exponenciais, contrariamente a Portugal que passa de 5,1% dos graduados na vasta área das ciências computacionais em 2004 para apenas 1,7% em 2009.
Relativamente à percentagem de indivíduos, entre os 16 e os 74 anos, que nunca usou computadores, Portugal regista um dos números mais baixos da Europa: 64%, ainda que, neste domínio, a Bulgária, a Grécia, a Itália, o Chipre e a Roménia se encontrem em pior situação. Considerada a faixa etária dos 16 aos 24 anos, os números não poderiam ser, pelo contrário, mais animadores: 98%, quando a média europeia se cifra nos 96%. Os dados referentes às várias competências específicas na área das TIC – mover um ficheiro ou uma pasta, executar fórmulas aritméticas em folha de cálculo, criar uma apresentação ou fazer programação – acabam por espelhar estes números ambivalentes: entre os 16 e os 74, as percentagens estão abaixo da média europeia; na faixa etária que vai dos 16 aos 24, esta última é sempre ultrapassado.
Fica, por último, uma breve curiosidade: a área da programação é aquela em que Portugal regista piores resultados – já que nem entre os 16 e os 24 anos Portugal atinge a média europeia; a competência na criação de apresentações é aquela em que Portugal regista melhores resultados – já que até mesmo entre os 16 e os 74 anos Portugal está acima da média europeia. Em suma, nas competências básicas estamos bem. Nas complexas, nem por isso.